Por Itasat
Os mais de 50 mil servidores do quadro administrativo da educação de Minas deveriam retomar as atividades escolares a partir desta terça-feira, conforme determinação do governo estadual. Mas, segundo os gestores escolares, eles aguardarão a posição do governo em relação à nota do Ministério Público que orienta a manutenção do isolamento social e pede equipamentos de proteção para esses trabalhadores.
Deputados federais e estaduais entraram com uma representação no MPMG por causa da convocação de profissionais da educação, publicada no Diário Oficial do Estado na última quinta (9), para a preparação de materiais para a retomada das aulas, que serão online a partir de 4 de maio.
A deputado estadual Beatriz Cerqueira (PT) entende que a recomendação do MPMG deve ser atendida. “O Ministério Público detectou que as escolas estaduais não estão em condições de retornar porque precisam fornecer os equipamentos e condições de segurança. Cabe ao governo do estado ser o promotor da defesa do direito à vida”, disse.
Ela afirma que a quarentena é essencial e não há justificativa para a quebra dela neste momento, até mesmo para não haver um colapso do sistema de saúde.
Questionado sobre a situação, o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou, em entrevista nesta terça-feira à Record TV, que o estado tem sido cauteloso com os profissionais. "Nós estamos prezando pelos protocolos de segurança. Não procede essa questão de que o estado está colocando as professoras em situação de risco. Tudo que pode ser feito para protegê-las está sendo feito".
Os gestores, diretores, vices-diretores e secretários vão se reunir online nesta quarta-feira para discutir o assunto.