Por Itasat
O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou nesta quinta-feira ser impossível prever uma data para a volta completa das atividades no estado, devido à pandemia de covid-19. Em entrevista, ele disse que é preciso ter cautela, mas destacou estar esperançoso.
“Estou otimista. A nossa curva [de casos] tem ficado cada vez mais horizontal, mas prever uma data é muito difícil. Temos de ter cuidado. O que aconteceu em Milão tem de servir de lição para todos nós”, declarou, referindo-se à cidade italiana marcada pelo grande número de mortes após afrouxar o isolamento social.
Entretanto, o governador reafirmou ser competência dos prefeitos a decisão sobre a quarentena. Segundo ele, na semana que vem será lançado pelo governo de Minas um protocolo de segurança para as atividades que voltarem a operar no estado.
“Ele vai alertar sobre cuidados que os empregados precisam ter entre eles e no atendimento ao cliente, e, com isso, queremos dar segurança. Temos hoje, em Minas, 50% ou mais dos municípios operando [com o comércio] parcialmente ou quase totalmente. As limitações estão muito com relação a casas de show, shoppings, galerias, restaurantes e escolas, onde há uma aglomeração maior. Essa liberação é de autonomia do prefeito. Cada cidade tem uma particularidade”, explicou.
“Mas ele [os prefeitos], a partir de agora, vai ter mais conforto para fazer essas liberações, já que daremos essas orientações que vão ajudar a deixar a vida em primeiro lugar, que é a nossa prioridade. O prefeito vai ter de analisar a quantidade de leitos que ele tem na cidade, como está o nível de contágio na cidade, o número de internados”, completou.
Produção pós-crise
O governador comentou acreditar que haverá mudanças nos países em relação a produtos essenciais. “Eu penso que eles vão fazer questão de ter produção própria, uma alternativa de fornecimento ou estoque estratégico. Quem tem a fabricação de alguns produtos está cobrando o preço que quer, e os países, geralmente os menos desenvolvidos, além de ter uma população que já ganha menos, não é tão bem nutrida e não mora adequadamente, ainda vai ficar sem o tratamento que mereceria. O Brasil e Minas têm condição de estar produzindo esse tipo de equipamento”, disse.