O movimento Outubro Rosa, tão presente nas campanhas de saúde humana, ganha uma versão no universo dos pets com destaque para a conscientização sobre o câncer de mama em cães e gatos. Para orientar os tutores, o médico veterinário Luiz Sofal, da Oncozoo, aponta o que observar, como agir e por que a detecção precoce pode ser decisiva.
De acordo com o especialista, o câncer de mama está entre os tumores mais comuns em animais fêmeas, especialmente aquelas que não foram castradas. “Quanto mais ciclos reprodutivos ela tiver, maior o risco”, explica Sofal, ressaltando que a castração feita entre o primeiro e segundo cio pode reduzir significativamente a probabilidade de desenvolver a doença. Outros fatores, como predisposição genética ou uso de hormônios para controle reprodutivo, também podem influenciar o surgimento da neoplasia.
Para o tutor atento, o surgimento de nódulos nas mamas, inchaços, feridas que não cicatrizam ou secreções atípicas merecem atenção imediata. “Se notar qualquer alteração, leve o animal ao veterinário. Identificar cedo faz toda a diferença”, afirma o especialista. Durante a consulta, além da palpação cuidadosa, o médico veterinário pode pedir exames complementares como ultrassonografia, radiografia e, em muitos casos, biópsia para confirmar o diagnóstico.
De acordo com Sofal, o tratamento costuma iniciar com cirurgia para remoção do tumor, quando possível. Em casos mais avançados, pode-se associar quimioterapia, sempre com acompanhamento oncológico especializado. A prioridade, ressalta ele, não é apenas combater o tumor, mas garantir qualidade de vida para o pet durante todo o percurso.
Mesmo com as opções terapêuticas, a prevenção é o caminho mais seguro. “Manter a castração em dia, evitar uso descontrolado de hormônios e fazer check-ups regulares ajudam muito. O Outubro Rosa Pet é um convite para que os tutores enxerguem os pets com olhos mais atentos: cuidar antes de precisar tratar é um ato de amor”, conclui Luiz Sofal.