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Coperlidere
depois da fala

Após Zema falar em colapso financeiro, secretário da Fazenda é chamado à Assembleia

Prestar esclarecimento

22/04/2020 09h59
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Por Itasat

Após o governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmar em entrevista nesta terça-feira que Minas pode entrar em colapso financeiro, o secretário da Fazenda, Gustavo Barbosa, foi convocado para prestar esclarecimento sobre a situação financeira do estado nesta quarta (22), na Assembleia Legislativa (ALMG).

Segundo o deputado Agostinho Patrus (PV), presidente da ALMG, os deputados estão extremamente preocupados. “O estado vai ter recursos para fazer frente aos investimentos para o combate ao coronavirus? O que precisa ser feito? O que a Assembleia pode contribuir para que o estado consiga vencer esse momento?”, questionou.

O deputado afirmou que também serão tratadas as questões do salário dos servidores públicos, além do adiamento do pagamento das férias e do auxílio fardamento aos militares. “Por isso é importante o diálogo, esse debate, para o secretário trazer as explicações, não só aos deputados, mas à população de Minas”, disse.

Zema afirmou que nesta semana será divulgada a previsão de pagamento da segunda parcela do salário do servidor público estadual, e que o valor deve ser pago ainda neste mês. Segundo o governador, a arrecadação de maio deve ser suficiente para pagar apenas metade dos compromissos, o que inclui servidores, prefeituras e fornecedores.

De acordo com Zema, Minas depende da aprovação do plano Mansueto, que vai repor valores perdidos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). No entanto, a medida exige como contrapartida o congelamento dos salários, o que, segundo o governador, não compromete os 13% de recomposição salarial que devem ser pagos aos servidores da Segurança Pública a partir de agosto. 

Zema ainda afirmou que, se em maio os recursos forem insuficientes, servidores da Segurança e da Saúde terão prioridade no recebimento dos salários, como aconteceu em abril. O governador espera que a ALMG aprove as reformas da Previdência e Administrativa, que serão enviadas ao legislativo até o início do mês que vem. A expectativa inicial de economia com esses dois projetos antes da pandemia era de R$ 1,3 bilhão por ano.