Por Itasat
A dívida do Atlético na Fifa com a Udinese-ITA pela compra do meia-atacante Maicosuel, em 2014, aumentou nos últimos meses devido à cotação do Euro, que é a moeda utilizada para estipular os débitos. A pandemia do novo coronavírus foi fundamental para o crescimento do papel europeu frente ao Real, que se desvalorizou 20% desde o início de março, e complicou o planejamento do clube alvinegro, que tinha o valor para fazer a quitação. O prazo para o pagamento é a próxima terça-feira (28), sob pena de iniciar o Campeonato Brasileiro com três pontos a menos.
No começo do mês passado, a cotação do Euro estava em torno de R$ 5,00. No dia 11 de março, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou pandemia do novo coronavírus, o valor da moeda europeia saltou para R$ 5,42.
Alternando entre muitas altas e poucas quedas, o Euro fechou o mês passado em R$ 5,74. Na última sexta-feira (24), bateu a casa dos R$ 6 pela primeira vez na história e encerrou o dia cotado a R$ 6,05.
O presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, deu várias declarações recentemente afirmando que já tinha separado o valor, estimado em R$ 10 milhões. No entanto, a dívida passou da casa dos R$ 15 milhões.
Com multa e juros, a dívida é de 2,2 milhões de euros (cerca de R$ 13,3 milhões). Mas há ainda um acréscimo de 18% em impostos (aproximadamente R$ 2,4 milhões), atingindo o valor final de R$ 15,7 milhões.
Assim, o Atlético terá que correr atrás nas próximas horas para obter mais R$ 5,7 milhões aproximadamente para quitar a dívida.
O Atlético tentou junto à Fifa adiar o pagamento com o objetivo de utilizar o dinheiro para pagar o salário dos jogadores do mês de abril, que vence no quinto dia útil de maio. O clube já deve parte dos vencimentos do elenco, além de dois a três meses de direitos de imagem, e terá que buscar mais recursos para quitar os atrasados com os atletas.