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Kalil fala sobre dívida por Maicosuel e alfineta Sette Câmara: ‘Nunca precisei de caridade’

Compra de Maicosuel

29/04/2020 09h20
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Por Itasat

Ex-presidente do Atlético e atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil cutucou nesta segunda-feira o atual mandatário do clube, Sérgio Sette Câmara, ao comentar sobre a dívida que o Galo tinha na Fifa pela compra do meia Maicosuel.

Kalil foi vinculado ao débito porque era o comandante do clube à época da contratação junto à Udinese, da Itália, em junho de 2014. No fim de uma live sobre a pandemia de covid-19 em BH, ele falou a respeito.

O ex-dirigente alvinegro afirmou ter comprado o atleta por 3,3 milhões “Nós podíamos comprar. Tinha time, tinha título, tinha tudo”, argumentou. Kalil lembrou que o sucessor dele, Daniel Nepomuceno, emprestou o meia ao Al Sharjah, dos Emirados Árabes, por 2 milhões de euros e, em seguida, o vendeu ao São Paulo por 1 milhão de euros.

“Então o Maicosuel, além de nos dar a Copa do Brasil, custou ao Atlético 300 mil euros. Se emprestaram o Maicosuel e não pagaram, se venderam o Maicosuel e não pagaram, vão atrás de que fez, porque não fui eu”, disse.

“Estão querendo envolver o meu nome em qualquer coisa. Eu sempre precisei de dinheiro, mas vinculado a contratos de televisão e nunca precisei de caridade de ninguém quando fui presidente do Atlético”, completou.

Ao noticiar nessa segunda-feira (27), o pagamento da dívida, Sette Câmara revelou ter recebido as ajudas de dois conselheiros do clube: do dono da MRV Engenharia, Rubens Menin, e do proprietário do Banco BMG, Ricardo Guimarães.

O Atlético tinha até esta terça-feira para desembolsar 2,2 milhões de euros (R$ 13,4 milhões) para pagar a dívida sem ser punido. O atraso no pagamento fez com que o valor da cobrança dobrasse por causa da alta do euro frente ao real.

Antes com boa relação, pelo menos desde o ano passado Kalil e Sette Câmara estão em alas opostas no clube. A situação pode esquentar a eleição para a presidência do clube neste ano, diferente dos pleitos mais recentes, em que praticamente houve consenso do Conselho Deliberativo em relação ao escolhido.