Por Itasat
O vice-governador de Minas, Paulo Brant (sem partido), afirmou nesta sexta-feira acreditar que, em maio, o estado ainda deve conseguir pagar integralmente os salários dos servidores públicos, mas com atraso e sem previsão de datas.
Brant diz que a queda nas receitas de Minas em abril foi em torno de 20%, mas, em maio, quando será sentido o efeito do isolamento social, o estado perderá aproximadamente R$ 2,2 bilhões. “O estado já estava no limite, a ajuda do governo federal é bem-vinda, mas não é suficiente. A gente está criando alguns critérios, mas certamente não vamos poder pagar todas as despesas que o governo tem”, disse.
Ele declarou que irá priorizar novamente o pagamento para trabalhadores da saúde e da segurança e que é difícil fazer previsões no contexto da pandemia de covid-19, uma vez que não se sabe qual será a reação da Receita Federal.
O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, relata que o fato de as indústrias funcionarem no estado neste período, por ter sido considerada essencial, faz com que Minas tenha uma situação um pouco melhor. Por isso, segundo ele, a projeção de queda do Produto Interno Bruno (PIB) do estado, que era de 7%, deve ser mudada.
“Estamos começando a revisar esse número porque a indústria aqui teve parada menor do que em outros estados, inclusive absorveu demanda de outros estados. Isso pode inverter um pouco essa queda maior, porque quando foi feito o estudo isso não estava previsto”, afirmou.
Roscoe diz que o fato de a indústria tem se precavido para evitar a disseminação do novo coronavírus no ambiente de trabalho. “Há um distanciamento. Foi fornecido máscara, álcool gel. Você vê que não houve um grande contágio em Minas, apesar de a indústria trabalhar, o que mostra que as políticas de prevenção que a comunidade empresarial está tomando são efetivas”, finalizou.