Reforma do estatuto: para voto, torcedores terão que possuir plano com custo superior a 1/5 do salário mínimo

Por Itasat

A proposta de reforma do estatuto do Cruzeiro, enviada aos conselheiros do clube nessa quarta-feira (13), pelo presidente em exercício José Dalai Rocha, traz poder de voto ao sócio-torcedor para as eleições a presidente, vice e composição da mesa diretora do Conselho Deliberativo. O próximo passo agora é a análise da Assembleia Geral, o que ainda não há data prevista. 

No âmbito da votação, o documento de 41 páginas estabelece pesos distintos: torcedores terão peso um enquanto conselheiros dez. Ou seja, seriam necessários dez votos de torcedores para equivaler ao de um conselheiro. Além disso, nem todas as categorias de sócio terão direito ao voto. A proposta estabelece os seguintes critérios:

— Valor mensal não poderá ser menor do que 1/5 do salário mínimo em vigência;

— No mínimo três anos de admissão e permanência na modalidade específica;

— Estar em dia com as obrigações.

Chama atenção, em especial, a exigência de ter um plano cujo gasto mensal não possa ser menor do que 1/5 do salário mínimo em vigência, o que, atualmente, corresponde a R$ 209. Nenhuma das categorias do atual programa de sócio-torcedor do Cruzeiro se enquadraria na restrição. O mais caro é o sócio Palestra, que custa R$ 160 mensais. 

Mesmo o antigo programa não possuía valores acima dessa quantia. O chamado 'Cruzeiro Tradição' custava R$ 205 e era o mais caro. O sócio 'Sangue Azul', antigo 'Cruzeiro Ouro', caiu de R$ 150 para R$ 100. O sócio 'Cabuloso', fusão das categorias 'Prata e Bronze', custa R$ 70. Antes, custavam R$ 105 e R$ 90, respectivamente.

Eleições

No próximo dia 21, haverá eleições para definir o presidente do Conselho Deliberativo e quem sucederá o Conselho Gestor até o fim do ano. Em outubro, está previsto o pleito que definirá os comandantes do triênio 2021/2023.