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Vice do Atlético considera ‘absurda’ pedida de R$ 20 milhões de Maicon Bolt na Justiça

Vice-presidente alvinegro

27/05/2020 08h49
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Por Itasat

A torcida do Atlético não terá saudade da passagem do atacante Maicon Bolt pelo clube. Mas, caso o jogador venha a conseguir o que pede na Justiça do Trabalho, a lembrança acontecerá por muito tempo, sem falar no grande prejuízo que causará nos cofres do Galo. Em entrevista, o vice-presidente alvinegro, Lásaro Cândido da Cunha, afirmou que considera “absurdo” o pedido do atleta, que pleiteia R$ 20 milhões por salários e direitos de imagem entre novembro de 2019 e janeiro de 2020, FGTS, 13º proporcional, luvas, premiações, multas, indenizações, além do recebimento de valores que teria direito até o fim do contrato.

O impasse entre clube e jogador está justamente no término do vínculo. Na visão de Bolt, que rescindiu em fevereiro, o contrato vai até dezembro de 2021, enquanto o Atlético alega que o fim é dezembro de 2020. Vale ressaltar que o atacante recebia em euros e, por isso, o salário era um dos mais altos do elenco.

Além disso, de acordo com a defesa de Bolt, o Atlético só poderia romper o vínculo em dezembro de 2020 caso o jogador não atingisse determinado número de partidas como titular.

Mas o Atlético entende que o contrato iria até dezembro de 2020 e só seria renovado automaticamente se o atacante entrasse em campo em 60% dos jogos disputados pelo clube desde que foi contratado, o que não ocorreu. Segundo Lásaro, mesmo que Bolt jogasse todas as partidas neste ano, ele não atingiria a meta, o que já dá margem para rescindir o vínculo.

“O caso emblemático, por exemplo, é do Bolt. Ele faz um pedido que a gente considera absurdo. Ele quer receber salários por um pretenso contrato que teria que ser prorrogado para o próximo ano de 2021. Só que, para isso acontecer, ele teria que cumprir um determinado percentual de jogos que não alcançaria sequer se jogasse todos os jogos nesta temporada. Ou seja, ele faz o pedido impossível relação a essa pretensão. Há outros pedidos que são razoáveis, mas esse não tem a menor possibilidade. O Atlético tem que fazer as contestações”, afirmou Lásaro.

Outras ações

Contudo, o Atlético não tem somente a ação de Bolt na Justiça do Trabalho. Há vários outros casos, de profissionais que já passaram pelo clube há mais tempo, como o ex-zagueiro Gilberto Silva, e mais recentes, como o ex-volante Adilson, o goleiro Uilson e o atacante Robinho. O último processo é do volante Elias, que pede R$ 2,7 milhões.

Lásaro considera que os processos judiciais são “normais”. “Realmente, há algumas ações novas na Justiça do Trabalho contra o Atlético. Eu considero que em uma grande empresa e em um grande clube as ações de divergências ocorrem e são normais. Evidente que, ao longo do tempo, você tem que fazer composições e o preferível é que não tenham essas ações”, frisou.

O vice atleticano citou uma afirmação do presidente Sérgio Sette Câmara ressaltando que o clube separa verba para quitar os valores. “Eu vi até outro dia uma entrevista do presidente no sentido de que em determinados casos o clube vai provisionar, ou seja, separar os recursos. Isso é fundamental, você tem que ter um controle do número de reclamatórias para que a coisa não possa explodir lá na frente. Isso é necessário, é prudente”, afirmou.

Em relação às possíveis ações trabalhistas que podem partir dos cerca de 50 funcionários demitidos recentemente, Lásaro se mostrou tranquilo.

“Quando entrei no clube, lá em 2009, ao longo do tempo a gente vem trabalhando para promover defesas adequadas, defender os interesses do clube com muita dedicação e todo o suor possível. Ao longo do tempo, fomos diminuindo e, hoje, temos os menores números de reclamatórias em relação aos clubes do tamanho do Atlético”, disse.

“Obviamente, temos que ficar vigilantes. Se algo acontecer fora do normal, a direção tem que fazer uma verificação para ver o que há exatamente. Por hora, a gente considera que está dentro desse parâmetro de crise e de outros problemas que ocorrem”, finalizou.