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Coronavírus

Pazuello: boletins antigos da covid-19 nunca me agradaram e não diziam nada a gestores e ao país

Sobre polêmica

10/06/2020 09h03
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Por Itasat

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta terça-feira que o modelo de divulgação de boletins diários de casos de covid-19 que era adotada pelo governo federal nunca o agradou. "Eu estava somando contas que não existem, que não eram somáveis. Marcando um horário para apresentar uma informação que não dizia nada aos gestores e ao nosso país", disse Pazuello em audiência na Câmara dos Deputados.

Nos últimos dias, o governo foi alvo de críticas pela mudança de critério para a contagem de óbitos. Segundo ele, não era a intenção do governo federal omitir dados, apenas reformular a apresentação das informações. "Não acho que estados e municípios mandem dados errados, são os que eles têm. Mas, na minha avaliação, não eram fidedignos". Ele afirmou que a intenção é destacar a data em que ocorreu o óbito do paciente.

As declarações foram dadas durante participação na Comissão Externa da Câmara que discute assuntos relacionados à pandemia do novo coronavírus no país. Aos parlamentares, o ministro afirmou que o sistema, que será atualizado automaticamente, deverá estar disponível como todos os dados em até 48 horas.

O ministério promete lançar um portal que mostre número de infectados e mortos por Estado, regiões de saúde e municípios, além de curvas sobre avanço da doença em capitais e no interior. A pasta também promete apresentar a ocupação de leitos de UTI em cada local. Pazuello disse que o portal será atualizado 24h, conforme o ministério receba dados de Estados e municípios. "São todos os dados que jamais tivemos. Estão todos disponíveis full time", disse.

A curva de casos por data do óbito, no entanto, já era apresentada pelo Ministério da Saúde em apresentações à imprensa e em boletins epidemiológicos, publicados no site do ministério. A diferença, segundo Pazuello, é que haverá atualização constante num único portal.

"O que estou querendo buscar é a verdade. A verdade, às vezes, é evitar a subnotificação, não é buscar a 'hipernotificação'", disse.