Por Itasat
A decisão do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, de recuar com a flexibilização social e permitir o funcionamento de apenas serviços essenciais a partir da próxima segunda-feira (29), causou opiniões distintas entre moradores da capital mineira. Há pessoas que aprovam a atitude do prefeito, e outras que discordam.
Uma das pessoas que concordaram com a medida de Kalil é a secretária Tais Sousa, de 22 anos. Ela acredita que não é o momento para flexibilização. “A atitude está correta. Acho que a flexibilização foi antecipada e acabou gerando um novo pico da doença. Não adianta liberar um dos centros populares mais lotados de BH e querer que o coronavírus se estabilize. Hoje, acredito que ele (prefeito) está tomando a atitude correta fechando todos os estabelecimentos novamente, mesmo com o desemprego e a economia sendo afetados”, opina.
Por outro lado, o vigilante Bruno de Moraes, de 28, não concorda com a proibição de abertura do comércio na cidade, ele acredita que a propagação do vírus acontece por atitudes questionáveis da população. “Acho besteira. Ao meu ver, o que está ajudando a propagar o vírus são as festas clandestinas. Claro, também tem pessoas abusando e não se prevenindo, mas eu acho bobeira fechar tudo. Tem que abrir tudo. Acho injusto o que estão fazendo com o comércio. Tem estabelecimento que poderia estar funcionando e não está, enquanto o shopping Oiapoque que é igual um labirinto está aberto”, argumentou.
Mesmo concordando com a medida adotada pelo prefeito, boa parte dos ouvidos acredita que o impacto econômico que a proibição da abertura do comércio vai causar é preocupante. É o caso do o pintor automotivo Serafim Maia, de 29, que crê que a população vai passar por uma crise financeira ainda maior nos próximos meses. “Creio que no momento essa decisão é necessária. Mas sei que vai prejudica ainda mais nós que trabalhamos com empresas que depende 100% do público para se manter. Com essa medida, devemos passar por mais situações alarmantes nos próximos meses”.
Higienização para conter o vírus
Para a advogada, Camila Fernanda da Silva, de 30 anos, esse é o momento de redobrar a atenção com os processos de higienização. “Acho super justa essa nova medida adotada. Com o avanço da Covid-19 em nossa cidade devemos aumentar os cuidados para nos proteger. Essa semana fui ao cartório finalizar um trabalho e fiquei assustada com a quantidade de pessoas circulando livremente sem máscaras e se aglomerando umas com as outras. Infelizmente, se o prefeito não tomar medidas mais severas, creio que a situação possa se agravar ainda mais”, acredita.
Entenda o que foi feito em BH
A primeira etapa da flexibilização do isolamento social na capital mineira teve início em 25 de maio. Um mês depois, nesta sexta-feira, o executivo municipal decidiu recuar em relação a abertura da cidade devido ao número de casos da doença registrado pela secretaria municipal.
Até o momento, Belo Horizonte registra 118 óbitos na cidade e a taxa de ocupação de leitos de UTI na capital está em 69%.