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Cruzeiro

Sérgio Rodrigues não vê necessidade de auditoria nas contas da gestão de Gilvan

Dívida do clube era de R$ 120,3 milhões no fim de 2011 e saltou para mais de R$ 400 milhões em dezembro de 2017

30/06/2020 09h50
Por:

Por Itasat

O aumento substancial das dívidas do Cruzeiro nos últimos anos levou ao clube a fazer uma devassa nas contas da gestão de Wagner Pires de Sá (2018/2019). Contudo, para a atual diretoria, não há necessidade de investigar mais atrás e fazer uma auditoria também na administração de Gilvan de Pinho Tavares (2012-2017). Recentemente, houve uma explosão de cobranças na Fifa de clubes por jogadores adquiridos e não pagos pela diretoria do ex-presidente.

Na visão do presidente Sérgio Santos Rodrigues, não há necessidade de auditar as contas de Gilvan. “Por que a auditoria não é necessária? Não minha opinião não tem indícios (de irregularidades), nunca teve. Se tiver, tem que olhar. Mas eu não sei de desonestidade”, declarou o mandatário em entrevista, nesta segunda-feira.

“Eu não sei se precisa auditar por isso. A gente sabe de onde ela (dívida) vem. A auditoria que precisou agora é porque a gente via coisas absurdas como não se via antes no futebol, como um mesmo atleta tendo três aumentos no período de oito meses pagando comissão para agente”, justificou.

Quando Gilvan assumiu o Cruzeiro, em janeiro de 2012, a dívida do clube era de R$ 120,3 milhões. Após os dois mandatos, o débito saltou para mais de R$ 400 milhões, de acordo com o balanço de 2017. No período, o clube celeste foi bicampeão brasileiro (2013 e 2014) e conquistou uma Copa do Brasil (2017).

Na gestão de Gilvan, o Cruzeiro adquiriu jogadores, como o atacante Willian (compra em 2014) e o volante Denílson (empréstimo de seis meses em 2016), mas não pagou. Os dois casos já tiveram uma decisão final na Fifa. 

A Raposa quitou um dos processos do Zorya, da Ucrânia, por Willian, no valor de R$ 3,8 milhões. A segunda ação, que ainda está na Corte Arbitral do Esporte (CAS), é estimada em R$ 7 milhões.

Já em relação à Denilson, o clube não pagou cerca de R$ 5 milhões até a data estipulada pela Fifa (18 de maio) e foi penalizada com a perda de seis pontos na Série B deste ano. A Raposa tem até aproximadamente outubro para fazer o pagamento sob o risco de ser rebaixada para a Série C.

Recentemente, o Cruzeiro foi condenado na Fifa novamente e terá a pagar 2,28 milhões de dólares (cerca de R$ 12,3 milhões), até o dia 15 de julho, pela contratação do atacante Rafael Sóbis junto ao Tigres-MEX, em junho de 2016. Esse valor é referente a dois processos, de três no total na entidade. Ou seja, mais pra frente, a Raposa pode ser obrigada a desembolsar mais dinheiro para quitar outro débito relativo à terceira ação dos mexicanos.

Há ainda outros processos pendentes de julgamento na Fifa em relação a jogadores adquiridos na gestão de Gilvan, mas que não foram pagos, como o meia Arrascaeta (junto ao Defensor-URU) e o atacante Riascos (junto ao Morelia-MEX), além do técnico português Paulo Bento (por valores não recebidos na rescisão do contrato).