Por Itasat
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), retomou o diálogo com donos de bares e restaurantes que estão fechados há quase quatro meses na capital mineira. Em encontro com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, foi debatida a reabertura do setor.
A reunião, que inicialmente possuía duração estipulada de 20 minutos, durou cerca de 40 minutos. Foi a primeira vez que Kalil se reuniu com o setor desde maio, quando a entidade entrou na Justiça para pedir a reabertura do comércio.
"Uma reunião que entendemos positiva. Foi a reabertura do diálogo depois que a Abrasel tinha sido afastada do comitê. Demos nossa visão sobre a retomada, acreditamos que ela tenha que se dar em torno de um pacto social, que a gente aposta no engajamento da sociedade, em que as boas práticas sejam observadas", diz Paulo Solmucci.
Conforme o presidente da Abrasel, entre as medidas comportamentais da sociedade, estão uso de máscaras, respeitar medidas de higiene e respeitar o distanciamento entre mesas e cadeiras.
"Estamos preocupados porque entendemos de uma maneira diferente do prefeito. A retomada já poderia acontecer. Mais ainda, ela deveria acontecer no engajamento da sociedade. O prefeito acredita que com a testagem em massa poderá haver possível imunidade atingida pela população ou que só se abriria quando atingir essa imunidade", diz.
Por causa do enorme prejuízo neste período de pandemia, alguns dos mais tradicionais restaurantes de Belo Horizonte correm sério risco de fechar as portas. Entre os citados nos bastidores, estão o "A Favorita", o "La Vitória", o "Alma Chef" e o "Dona Derna".
Apesar de ter cancelado uma reunião nessa quarta-feira (8), com comerciantes, apontando manutenção do regime de apenas serviços essenciais em funcionamento na capital mineira, Kalil tem intensificado o diálogo com lideranças nesta semana.
Foram realizados encontros com líderes de legendas políticas. Na terça-feira (7), ele recebeu apoio de cerca de 100 entidades.