Por Itasat
Uma em cada cinco universidades particulares não deve reabrir as portas como consequência da pandemia de coronavírus. A avaliação é da presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Elizabeth Guedes. Em entrevista, ela aponta duas principais consequências da pandemia de covid-19: uma positiva e outra negativa.
O lado bom é a utilização da internet, assim como a quebra do paradigma de que a ferramenta é inimiga do professor. "Pela primeira vez, 100% das disciplinas teóricas puderam ser feitas por meio dessa mediação tecnológica. Isso muda o patamar das relações de ensino e aprendizado", diz.
Já o lado negativo é o que Elizabeth Guedes chama de "extremo empobrecimento do setor". "O atraso do Brasil, além de histórico, será ainda mais profundo em função da pandemia, que trouxe também mais desigualdade. As escolas púbicas, mesmo sendo universidades, muitas delas estão fechadas, sem aulas, porque não conseguiram fazer essa migração (para aulas online)", diz citando que o Brasil possuí números baixos de escolaridade de nível superior.
Outra categoria que deve sofrer bastantes é a do ensino infantil. "Vamos ter muita inadimplência, desemprego. É um desafio complexo", diz.
As escolas tem sido obrigadas a buscar alternativas. Uma delas, de acordo com Elizabeth Guedes, é repactuar os débitos de alunos em prestações futuras, além de rever as formas de pagamento.