Por Itasat
Para saber mesmo se o pico da covid-19 em Minas será nesta quarta-feira (15), como vem informando o governo do estado, só mesmo observando os números das próximas semanas. Este é o pensamento do médico infectologista, Unaí Tupinambás, que acredita, também, para Belo Horizonte, num platô, na estabilidade do pico, com a alta dos casos se mantendo por mais dias, de forma mais leve do que em relação a outras capitais da região Sudeste.
“Nós só podemos falar que atingimos pico a partir do momento que esse número de casos por semana começa a cair, e cair de forma sustentada, por pelo menos três semanas. A partir daí a gente vai dizer que atingimos o pico determinada semana”, afirmou.
O médico disse que Belo Horizonte se destaca em relação à Minas Gerais como um todo porque algumas cidades do interior do estado estão com situações muito mais complexas, com um aumento de casos exponencial maior do que na capital.
“Belo Horizonte tem um comportamento mais ou menos distinto, tendo em vista que as medidas de contenção, de isolamento foram impostas bem precocemente”. O médico acredita que essas medidas vão impactar no número de casos e no pico da doença, que pode ser diferente entre Minas Gerais e Belo Horizonte.
Segundo o infectologista não há como prever o tamanho da curva e da magnitude dos casos da covid-19 em BH e no estado. Ele diz que a taxa de transmissão da doença na capital ainda é pequena e a ocupação de leitos de UTI se estabilizou em 90%, “o que é uma ocupação alta, mas pelo menos não explodiu, não colocou muito em risco o sistema de saúde”, disse.
“Então a gente espera que, com essas medidas de contenção da pandemia em Belo Horizonte nos últimos seis meses, a gente possa atingir um platô mais suave do que, por exemplo, outras capitais da Região Sudeste”. A expectativa é que nas próximas duas semanas o numero de casos comece a reduzir.