Por Itasat
O vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, falou sobre a convocação da reunião para apreciar o balanço financeiro do clube relativo a 2019. De acordo com ele, é necessário "deixar as divergências políticas de lado" para que o clube não sofra problemas.
"É só a designação de uma data. Nós não podemos politizar aprovação de contas, coisas fundamentais para o clube. Cumprir prazos. Isso tem muita responsabilidade. Temos que agir com respeito às regras", diz.
Em comunicado enviado aos conselheiros, o vice-presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Rafael Menin, convocou para o dia 31 de julho a reunião, ocorrerá na sede de Lourdes. De acordo com Lásaro, a decisão de Menin se deve à proximidade da data limite de aprovação do balanço. Do contrário, o clube poderia sofrer punições.
A Lei Pelé e o estatuto do clube estabeleciam que o estatuto fosse apreciado até 3 de abril. Contudo, por causa da pandemia de covid-19, o governo federal estendeu o prazo para 31 de julho. Há divergência de interpretação se o prazo é o mesmo para associações, categoria na qual se encontram os clubes de futebol.
"Não vamos colocar o Atlético em risco de ser excluído do Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro (Profut), por exemplo, que é uma das penalidades. A gente não pode correr riscos desnecessários. Estamos com essa situação que não podemos politizar coisas fundamentais do clube. Temos que respeitar as regras. Estamos em um momento importante, o clube está caminhando bem. Não podemos cometer esses equívocos", cita Lásaro.
O balanço financeiro do Atlético de 2019 apresentou prejuízo de R$ 5,7 milhões. O déficit poderia ter sido maior se o clube não registrasse a doação de R$ 49 milhões do empresário Rubens Menin, parceiro do Galo, referente ao terreno onde está sendo construída a Arena MRV. Vale ressaltar que a manobra contábil é legal, porém a quantia não entra nos cofres do clube para custear o futebol.
A dívida total do Atlético saltou de R$ 652 milhões em dezembro de 2018 para R$ 746 milhões ao fim do ano passado.