Um painel do governo do Japão declarou esta semana que as conversações sobre como deve ser feito o descarte de água radioativa utilizada na usina nuclear Fukushima 1 devem ser centradas em duas opções: nos oceanos ou no ar.
O painel de especialistas criado pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria apresentou o esboço da proposta inicial.
A água utilizada para resfriar o combustível nuclear derretido no acidente de março de 2011 é tratada para que a maior parte das substâncias radioativas seja retirada, mas algumas partículas, como o trítio, não podem ser removidas. Ao todo, 1,2 milhão de tonelada de água contaminada encontra-se em tanques no complexo da usina, com a quantidade aumentando 170 toneladas por dia.
Uma das possibilidades para o despojo é misturar a água contaminada com água do mar para reduzir os níveis de radiação antes de descartar a mistura no mar.
A outra alternativa seria aquecer a água contaminada até cerca de mil graus Celsius, deixando o vapor resultante evaporar através do sistema de ventilação. Membros do painel também teriam avaliado três outras opções, descartadas por falta de viabilidade.
O painel chamou a atenção para o fato de que, independentemente de qual método seja implementado, a decisão irá impactar negativamente a imagem da região.
O governo irá levar em consideração a proposta do painel para redigir seu relatório sobre o problema, que será enviado ao governo, responsável pela decisão final sobre o método de despojo.
No entanto, o descarte da água contaminada no meio ambiente irá contar com uma forte oposição, principalmente de trabalhadores da indústria pesqueira e residentes locais.