Por Itasat
O anúncio da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) de permitir o funcionamento de bares e restaurantes para servir almoço causou um misto de sentimentos entre proprietários de estabelecimentos. Enquanto a sensação é de luz no fim do túnel para os que trabalham com a refeição diurna, para aqueles que têm atendimento noturno, e trabalham especialmente com a venda de bebidas alcóolicas, a sensação é de revolta.
Este é o caso da empresária Viviane Volponi, proprietária de um bar na região Centro-Sul de Belo Horizonte, que cobra coerência do Executivo municipal. "Não se planeja nada. Esse é o problema da prefeitura. Quando ele (prefeito Alexandre Kalil) falou que seria a fase 1,2 e 3, estaríamos abrindo bares e restaurantes na fase dois. Colocou que seria de segunda a quinta para o horário de almoço e sexta, sábado e domingo das 11h às 22h”, alega.
Os bares e restaurantes poderão servir comida nos próprios estabelecimentos entre 11h e 15h, a partir da próxima segunda-feira (24). Não está autorizada a venda de bebidas alcóolicas.
Volponi conta que só não precisou fechar de vez as portas, após mais de cinco meses com o serviço parado, porque conseguiu um empréstimo bancário. "Você imagina, cinco meses fechados, só gastando, porque o custo fixo está aí”, diz.
Marcelo de Lima, antes da pandemia, era proprietário de dois estabelecimentos. Atualmente, está com apenas um. Apesar de saber que será impossível recuperar o prejuízo, ele se mostra otimista.
"Foi uma luz no fim do túnel, uma excelente notícia. Já estávamos a quase 160 dias parados. O prejuízo é imenso, jamais vamos repor esse prejuízo acumulado, não tem condição. Mas a ideia é pensar para frente para diminuir o prejuízo”, alega.