Mulher que divulgou vídeo fake sobre caixões com pedras em BH é indiciada pela Polícia Civil

Por Itasat

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou a mulher que divulgou um vídeo fake dizendo que caixões onde estariam vítimas da covid-19 foram abertos e estavam sendo enterrados cheios de pedras e madeira em Belo Horizonte. O inquérito foi concluído e divulgado nesta segunda-feira (24).

Valdete Zanco vai responder pelo crime de denunciação caluniosa, que prevê pena de 2 a 8 anos, e pela contravenção penal de provocar pânico e tumulto, com pena que pode variar de 15 dias a 6 meses.

Relembre 

O vídeo feito pela autora circulou pelas redes sociais em abril. "Mandaram arrancar todos os caixões para poder fazer o exame e ver se é coronavírus mesmo. Sabe o que tem dentro do caixão? Pedra e madeira. Um monte de caixão cheio de pedra e madeira. Palhaçada, não?", diz ela em um dos trechos. 

Na época a Polícia Civil e a Prefeitura de Belo Horizonte esclareceram que as informações do vídeo eram falsas. 

“A pessoa sugere que caixões de vítimas de covid-19 estão sendo desenterrados nos cemitérios da capital. São informações sem fundamento. A Procuradoria Geral do Município está analisando as imagens para adotar as medidas legais cabíveis”, disse a PBH.

A PBH informou também que nos cemitérios da cidade os sepultamentos são feitos mediante a apresentação de guia de sepultamento emitida pelo cartório, em conformidade com as informações contidas no atestado de óbito.

Valdete foi identificada e localizada pela polícia de Jacutinga, no Sul de Minas, e gravou outro vídeo após o primeiro viralizar, reconhecendo “humildemente” o erro, pedindo perdão ao município de Belo Horizonte, ao prefeito Alexandre Kalil e a todos que tenham sido atingidos pelas informações inverídicas contidas no vídeo.