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Bombeiros retomam buscas pelas '11 jóias' em Brumadinho, após cinco meses

As buscas foram suspensas no dia 21 de março

27/08/2020 10h02
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Por Itasat

O Corpo de Bombeiros retoma nesta quinta-feira as buscas pelas vítimas do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As buscas foram suspensas no dia 21 de março, em razão da pandemia causada pela covid-19.

Os Bombeiros informaram que 60 militares serão empenhados no trabalho e que a área de busca foi preservada “com o intuito de restringir possíveis dificuldades no recomeço da operação”.

Após várias tratativas com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e demais órgãos envolvidos, os bombeiros tiveram aprovado o protocolo que regulamenta a retomada das atividades, resguardando práticas de proteção ao enfrentamento da covid-19.

“Imaginávamos que ia ser mais rápido o nosso retorno. Fizemos uma primeira programação para junho, porém, por causa da instabilidade da curva, adiamos para julho, mas a situação se manteve, até se agravou, nos obrigando a fazer nova programação. Em julho nós submetemos à avaliação do Comitê Extraordinário de Enfrentamento a covid da Secretaria Estadual de Saúde um protocolo para que fizéssemos esse retorno com segurança”, explica o coronel Alexandre Gomes Rodrigues.

Entre as principais recomendações do protocolo estão a testagem de todos os militares envolvidos nas buscas, uso de equipamentos de segurança, higienização, mudança no transporte, nos locais de estadia e de alimentação. 

Conforme o coronel, apesar da pandemia ter interrompido as buscas, que já duravam mais de 400 dias, a pausa foi um período “positivo” para que a área fosse preparada.

“Nós tivemos tempo para planejar a preparação do terreno, coisa que nesse período de mais de um ano nós não tivemos. Em um planejamento conjunto com a empresa Vale foi feito uma programação de obras de preparação do terreno, que visava principalmente a drenagem das frentes de trabalho onde nós iríamos operar. Lá passam vários cursos de rios que deixava o terreno totalmente encharcado após uma certa profundidade. Agora encontraremos um terreno seco, desidratado, propício a realização de buscas. Isso nos traz bastante otimismo para a continuidade das buscas.”

O rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão da Vale matou 270 pessoas, sendo que 11 vítimas continuam desaparecidas. Conforme o coronel Alexandre Gomes a retomada das buscas é importante para que esse ciclo seja fechado. “Nós entendemos toda ansiedade, toda tristeza de seus familiares e pretendemos entregar os seus entes queridos para um velório digno e para encerrar esse ciclo, que já dura tanto tempo, trazendo mais tranquilidade para o coração de todos eles.”