Por Itasat
Somente daqui a pelo menos 10 dias é que a Prefeitura de Belo Horizonte vai decidir se estende a flexibilização ou se volta à fase 0, quando somente serviços essenciais abriam as portas. A informação é do médico Estevão Urbano, infectologista do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da covid-19.
Segundo ele, isso se dá porque o vírus tem um ciclo de aproximadamente 10 a 14 dias entre o contágio e o adoecimento da população. “Então é só nesse prazo mínimo de 10 dias é que nós sentiremos o impacto do número de casos relacionados à flexibilização de espaços públicos, como parques praças e etc.”, diz.
De acordo com o infectologista, os indicadores de taxa de transmissão da covid-19, de saturação de UTIS e enfermarias permitiram fazer a flexibilização, mas ele faz um alerta. “Nós temos dois indicadores no verde e um amarelo. Entretanto, estamos monitorando cada dia que passa a mudança nesses números e podemos alterar as regras da flexibilização para dar garantias de segurança população conforme esses números se apresentarem”, afirma.
“Havendo uma continuidade da redução dos números, novas flexibilizações poderão ser feitas, mas se porventura a contaminação aumentar e esses números piorarem, eventualmente serão necessário novos fechamentos, inclusive não se descartando a possibilidade voltar à fase 0”, completa.
O infectologista ressalta que é importante que a população saiba que, com a flexibilização, o aumento de pessoas na rua e a presença do vírus, também aumenta o risco das pessoas se contaminarem. “Agora, mais do que nunca, é fundamental manter o distanciamento, utilizar máscaras, higienizar as mãos. As pessoas não podem jogar fora cinco, seis meses de sacrifício por uma falsa sensação de segurança”.