Por Itasat
A morte de um bebê durante o parto na maternidade do Hospital de Ibirité, Região Metropolitana de Belo Horizonte, virou caso de polícia. Militares do 48º batalhão foram acionados pelo pai da criança, que estava assistindo o trabalho de parto da esposa dentro da maternidade.
Segundo informações do boletim de ocorrência (BO), no momento do nascimento a criança teve três paradas cardíacas. A médica que assistia o parto optou pelo método fórceps, quando uma espécie de gancho é utilizado para puxar o bebê de dentro do útero da mulher.
A criança chegou a nascer, mas não resistiu. A polícia esteve no local e registrou um BO sobre o fato. Quem dá mais detalhes do caso é o Tenente Avelar, do 48º Batalhão.
"Foi um processo de parto, que estava ocorrendo tranquilamente, mas, em um dado momento, o procedimento teve complicações que demandaram fazer o uso do fórceps. O pai, não compreendendo o procedimento, acabou afirmando que tal procedimento havia sido o motivo de ter levado a criança a óbito.
Segundo Avelar, os médicos envolvidos no parto alegaram que as três paradas cardíacas consecutivas sofridas pela criança causaram a morte e argumentaram que até o momento desta complicação o parto transcorria de maneira natural.
"Foi feito o contato com o corpo clínico da maternidade e explicado que o parto transcorreu naturalmente até o uso do método fórceps. Mas a criança veio a óbito devido a três paradas cardíacas que ela sofreu de maneira consecutiva e não resistiu".
O pai da criança, de 49 anos, afirma que a esposa não tinha condições de dar à luz por vias de parto normal.
"Ela falou que não tinha condições de fazer o parto normal e que precisava fazer cesária. Os médicos disseram para ela que só poderiam fazer por este método por um motivo. Minha esposa disse a eles que o motivo seria não aguentaria o parto e morrer. Foi então que os médicos aplicaram uma anestesia nas costas dela e a levaram para a mesa de parto. Chegando lá, eles fizeram o toque e disseram que dentro de instantes o bebê nasceria. Então, os médicos enfiaram a peça para o procedimento e puxaram com muita força. Fui vendo o procedimento e não aguentei de tanto sofrimento da minha esposa, que mesmo anestesiada sentia dor. Os médicos puxaram o bebê e, quando ele estava com a cabeça para fora, pegaram no pescoço dele e arrancaram meu bebê. Ele já nasceu morto, mataram ele".
A direção do Hospital de Ibirité para se manifestar, que afirmou que irá se pronunciar sobre o ocorrido na próxima terça-feira.