Por Itasat
Uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) discute o fechamento do Hospital Galba Veloso, em Belo Horizonte, e do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, na região Central do Estado.
O requerimento foi do deputado Cássio Soares (PSD), que afirmou haver suspeita de desmonte na política de saúde mental em Minas.
"Temos informações de um desmonte por parte da política de saúde mental no estado de Minas Gerais. Especialmente com o fechamento do Hospital Psiquiátrico Galba Veloso, um dos últimos especializados nesse tipo de tratamento de pacientes psiquiátricos", afirmou.
Posicionamento
Em nota, a rede Fhemig negou o fechamento dos hospitais psiquiátricos.
Sobre o Galba Velloso, a Fundação Hospitalar alega que os 118 leitos operacionais foram usados para atender casos clínicos durante a pandemia, como retaguarda às unidades que se dedicaram ao atendimento da covid e que deixaram de receber os demais casos, como os hospitais Eduardo de Menezes e Júlia Kubitschek.
De acordo com a rede, os pacientes que necessitaram de internação psiquiátrica foram encaminhados ao Instituto Raul Soares.
Já sobre o ambulatório do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, a rede Fhemig afirma que os serviços ambulatoriais não foram suspensos, assim como os atendimentos de urgência e as internações encaminhadas pelo município.
Divergências
Especialistas em saúde mental divergem sobre a eficiência dos atendimentos de hospitais psiquiátricos convencionais e alertam sobre a manutenção dos atendimentos na rede pública de saúde.
Em Belo Horizonte, os Centros de Referência, chamados de Cersam, são destinados a este tipo de tratamento. Segundo o gerente da Rede de Saúde Mental em BH, Fernando Siqueira, são 152 equipes de saúde mental nas unidades básicas.
“É a porta de entrada para quem necessita de algum atendimento em saúde mental. Se a pessoa tiver em algum surto ou alguma crise em casa, com algum risco para si ou para terceiros, o familiar pode levar diretamente a um Cersam de transtorno mental”.