Por Itasat
Após divulgação da disparada do chamado Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC 13), que mede a variação de gastos das famílias com pessoas acima de 60 anos, batendo já 4% no acumulado dos últimos 12 meses, o presidente da Federação das Entidades de Aposentados de Minas Gerais, Robson Bittencourt, diz que esse índice tão elevado não tem tanta relação com à pandemia.
“Esse índice preocupante já era esperado.Todo ano é a mesma coisa. Nós buscamos sempre dialogar com os governos para melhorar a condição de vida do aposentado, do pensionista e do idoso de uma forma geral. Mas em relação aos reajustes dos benefícios de aposentadoria e pensões, todo ano vem sendo colocada uma diferenciação nos reajuste. Isso para quem ganha até o teto do salário mínimo e para quem ganha acima do salário mínimo. Nunca acompanha uma mesma situação. Isso acaba impactando no achatamento dos benefícios para quem ganha acima do salário mínimo”, explica.
O presidente da Federação das Entidades de Aposentados de Minas Gerais lembra que o idoso em geral gasta mais. “O idoso gasta é mais. O custo do idoso para sobrevida é maior. Ele gasta mais em questão de medicamentos, em questão de higiene pessoal, em questão de alimentação e em questão do plano de saúde. O cálculo normal que é o índice de Preço do Consumidor Brasil (IPC-BR) mede a variação de preço de compra para todas as faixas etárias do país. Existe um certo equilíbrio, mas para o idoso existe uma diferenciação muito grande”, esclarece.
Bittencourt lembra que o problema é muito maior que a inflação e que o empréstimo consignado. “É uma bola de neve porque quando eles ficam impactados e não conseguirem manter a sua sobrevida com os custos altos, eles recorrem empréstimo consignado. Acaba fazendo um empréstimo para pagar o empréstimo anterior. Aí vira uma bola de neve”, lembra.