Por Itasat
A falta de anticoagulante no Hospital Municipal de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, tem provocado desespero na família de Aldeci da Silva Rocha, de 69 anos. Ela foi internada após fraturar o fêmur e está à espera de uma cirurgia, que será realizada em outra unidade de saúde.
A filha da paciente, Sabrina Souza, pede providências. "Estou desesperada. A minha mãe já está internada há uma semana aguardando uma cirurgia. Segundo as informações que eu tenho no hospital, essa injeção [de anticoagulante] está em falta. Simplesmente informam isso e não me dão uma alternativa", disse.
A professora do Departamento de Clínica Médica da UFMG, Suely Rezende, afirma que o medicamento é fundamental para esse tipo de caso. "As cirurgias dessas fraturas predispõe a ter muita trombose. Em um paciente que vai se submeter a essas cirurgias sem o uso de anticoagulante de forma preventiva, esses eventos trombóticos ocorrem em 60% a 80% dos casos. Quando a gente usa os coagulantes, eles reduzem muito essa incidência", disse.
"Todo hospital tem que ter anticoagulante. Não pode faltar, porque é um medicamento muito usado", ressaltou a médica.
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que há falta de anticoagulante no mercado nacional no momento, mas que o hospital tem buscado outra alternativa.