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Após declaração de Zema, parlamentares tentam derrubar possível acordo menor com a Vale

Aceitaria menos dinheiro

23/10/2020 09h13
Por:

Por Itasat

Parlamentares mineiros reagiram à declaração dada à Itatiaia nessa quinta-feira (22), pelo governador de Minas, Romeu Zema (Novo), de que pode aceitar uma indenização menor da mineradora Vale para receber o dinheiro com mais rapidez. O valor que a empresa teria de pagar em relação à tragédia em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, é estimado em R$ 54 bilhões.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) acionou o Ministério Público para tentar impedir o estado de receber menos dinheiro. "Um acordo improbo entre o governo do estado e a Vale, com vantagem para a empresa, que, inclusive, é considerada neste caso como criminosa. Além disso, isso não foi discutido com ninguém absolutamente; nem com os atingidos e muito menos com a Assembleia Legislativa", disse.

"É criminoso o que o governador Zema vem fazendo em relação a esse conchavo com a Vale. Estamos solicitando que suspenda qualquer tipo de negociação. Esperamos que o Ministério Público interceda imediatamente, inviabilize esse acordo espúrio e coloque tudo a pratos limpos", completou.

O deputado estadual André Quintão (PT) afirma que um acordo menor não deve ser feito sob pressão do poderio da mineradora. "A Vale tem que pagar pagar pelo que fez e, principalmente, os atingidos pela tragédia criminosa devem ser priorizados e incluídos nesse debate para um hipotético acordo judicial."

Zema

Nessa segunda-feira (22), o governador afirmou que estado tem interesse de que o acordo seja fechado logo e que parte dos recursos vão para grandes obras em vários locais de Minas. Circula entre parlamentares a informação de que o governo aceitaria metade dos R$ 54 bilhões.

Ao ser questionado pela Itatiaia, Zema não foi exato em valores, mas declarou que é melhor receber menos o quanto antes do que mais daqui há muito tempo. "Uma tragédia da Vale em Brumadinho, em termos de valor, seria impagável, se nós considerarmos as vítimas", ponderou.

"O que eu falo é o seguinte: qualquer família, qualquer pessoa sabe que, muitas vezes, é melhor você receber X agora do que 3X daqui a dez anos. Talvez X agora te possibilite formar seu filho, te possibilite empreender, abrir um pequeno negócio, e 3X daqui a dez anos talvez você já tenha falecido e seu filho já tenha perdido as oportunidades e já foi para o mundo da droga. Antes de tudo, é necessário agilidade, mas lembrando que é preciso ser um valor razoável", argumentou.