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Relaxamento?

Médico mineiro alerta para aumento da transmissão da covid-19 entre membros da mesma família

Segundo o médico, esse contágio se deve ao fato de que houve um relaxamento muito grande com relação às doenças

23/11/2020 09h59
Por:

Por Itasat

Com a possibilidade de uma segunda onda da pandemia do novo coronavirus para os próximos meses, médicos acendem o alerta para transmissão do vírus entre membros de grupos familiares.

Pesquisas realizadas por cientistas chineses e americanos chegaram à conclusão de que pessoas com mais de 60 anos têm quase 19% de chances de contraírem a infecção dentro de suas residências, assim como pessoas de 20 a 59 anos, que possuem, segundo essa mesma pesquisa, 15% de chances de contraírem a covid-19 de forma caseira.

O médico e professor da Faculdade de Medicina de Juiz de Fora, Júlio Abreu, começou a notar este fenômeno dentro de seu consultório. Segundo ele, desde o inicio de novembro houve um aumento da procura de pacientes com suspeita e, posteriormente, confirmação da covid-19, grande parte deles com vários casos na mesma família.

Diante do caso de diagnóstico positivo dentro de uma família, o médico alerta que a pessoa infectada deve ficar de máscara, isolada, e todos os contatos próximos dessa pessoa também devem ficar isolados porque a possibilidade de eles desenvolverem a doença nos próximos dias é muito significativa.

Segundo o médico, esse contágio dentro das casas se deve ao fato de que houve um relaxamento muito grande com relação às doenças. “As pessoas voltaram a se confraternizar, ter encontros sociais em que ficam próximos, sem máscaras, em ambientes fechados. Então era mais do que esperado que isso iria acontecer. O vírus continua presente, se você relaxou, a doença vai voltar a ter um aumento”, disse.

O médico alerta também para o fato da questão de várias gerações morando na mesma casa. “Muito frequentemente os netos ou os filhos transmitem a doença para os avós. Esse é um grande problema que a gente está observando”.

“Não estamos no momento ainda de festas familiares, a não ser que se esteja com todas as pessoas isoladas. É lógico que as festas vão fazer com que aumente a possibilidade de contágio. Esse vai ser um grande desafio que a gente vai ter para o final do ano, por causa do Natal e Réveillon”, finalizou.