Presidente do Cruzeiro admite dificuldade para manter salários em dia e diz que estuda solução

Por Itasat

Mesmo reduzindo drasticamente a folha salarial para adequar à nova realidade do clube, o Cruzeiro continua convivendo com salários atrasados. Com uma folha e meia em atraso – vencerá outra no quinto dia útil de dezembro, podendo chegar, assim, a duas e meia –, o presidente Sérgio Santos Rodrigues admitiu, em entrevista, as dificuldades para manter os vencimentos em dia.

"A dificuldade é grande, como a gente sempre falou. Mas é aquela dificuldade que a gente já imaginou que aconteceria, porque infelizmente a gente não sabia quando começariam a aparecer os outros compromissos”, declarou.

Sérgio Rodrigues lembrou que assumiu o clube, em junho, já com salários atrasados. Ele afirmou que conseguiu colocar em dia, mas depois teve que pagar dívidas que estavam na Fifa, o que complicou o planejamento da diretoria.

“Conseguimos fazer caixa para colocar os salários em dia, que já estavam atrasados, acho que isso é importante lembrar. A gente já pegou duas folhas atrasadas de atleta, além de uma administrativa, foram muitos direitos de imagem atrasados, de uns quatro ou cinco meses, se não me engano”, disse.

“Só que depois apareceu uma dívida grande com o Tigres (pela compra do atacante Rafael Sóbis, em 2016), com o ‘transfer ban’, que a gente precisou pagar (o Zorya, da Ucrânia, pela aquisição do atacante Willian em 2014) para registrar os jogadores pedidos pelo Felipão, o que totalizou quase R$ 11 milhões, e temos outra agora que apareceu (com o PSTC, do Paraná, por não repassar 20% da venda do zagueiro Bruno Viana ao Olympiacos, da Grécia)”, completou.

O presidente ressaltou que está em busca de soluções para quitar os salários. “Conciliar essas dívidas com salários se tornou complicado. A gente tem estudado algumas saídas bem reais que, ocorrendo, a nossa ideia é colocar tudo em dia. Não só tudo em dia como já deixar reservas que a gente precisa pra rodar até janeiro”, finalizou.