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Covid-19 faz 'explodir' atendimentos de casos clínicos no Hospital João XXII; veja ranking

Em 2019 esse tipo de atendimento não estava nem no "top 5" da unidade de saúde

15/12/2020 08h47
Por:

Por Itasat

Surpresa no balanço de atendimentos de 2020 no Hospital João XXIII em Belo Horizonte. Mesmo sendo referência em politraumatismo, queimados e intoxicações, o pronto-socorro recebeu quase 12 mil pacientes com casos clínicos. No ano passado esse tipo de atendimento não estava nem entre os cinco primeiros no balanço.

Em segundo lugar ficaram as quedas, com quase 9 mil atendimentos. Em terceiro, ingestão de corpo estranho com 4.300 pacientes. Na sequência, em quarto lugar, vítimas de acidentes com motos, com 4.100 atendimentos, o que foi outra surpresa, porque essa modalidade estava praticamente no topo do ranking de atendimentos em 2019. 

O gerente médico adulto do HPS, o cirurgião Rodrigo Mussi, explica que a covid-19 foi a grande responsável pela explosão de casos clínicos do João XXIII. “Sem dúvida nenhuma a covid influenciou, não só diretamente, mas também o quadro de síndrome gripal. A orientação é que não vá para o hospital porque a gente não é referência, não tem a estrutura montada para atender um grande volume de pacientes com covid, mas os pacientes acabam procurando o pronto-socorro.”

De acordo com Mussi, é preocupante o número de atendimentos de vítimas de acidentes domésticos, que levaram quase 9 mil pessoas ao João XXIII. “A quantidade de acidentes domésticos com as pessoas ficam em casa acabou aumentando, são acidentes potencialmente graves e muito facilmente preveníveis, é só tomar cuidado com tudo que for fazer em casa, usar as proteções adequadas, verificar se as escadas de casa de montar estão firmes”, explica.

Segundo o cirurgião, o isolamento social por causa da pandemia contribuiu para a redução dos acidentes com motos. “Os acidentes de trânsito de modo geral, especificamente de motos, são sempre os mais comuns e diminuíram muito esse ano com isolamento. Principalmente nos primeiros meses do ano, de abril até junho. Não necessariamente a gravidade, mas diminuiu muita quantidade de acidente de trânsito, porque as pessoas estão ficando mais em casa e a chance de sofrer um acidente é a menor.”