Por Itasat
O período eleitoral parece ser um dos gatilhos desta disparada de casos de coronavírus no estado, assim como no Brasil como um todo. A declaração é do psicólogo e especialista em saúde Eduardo Luiz da Silva, que é presidente do conselho das Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais.
“Vivemos em nosso país o período eleitoral. Nós tivemos em todos os territórios de Minas Gerais um processo que é legítimo da eleição, que são comícios, carreatas e passeatas. Esses são processos que geram aglomeração. Com certeza, o processo eleitoral foi mais um dos gatilhos, que pode ter contribuído para o aumento de casos do coronavírus em Minas Gerais”, garante.
Completa: “Desde agosto, quando foi o nosso pico máximo de contaminação, estávamos em uma queda de contaminação até chegar o processo eleitoral. Após esse processo, percebemos um crescimento. Claro que outros fatores pode ter contribuído. O fato da população ter desanimado em relação aos cuidados, ao uso de máscara e com o distanciamento também pode ter ajudado”, avalia.
O especialista em planejamento de saúde apontou ainda, na tarde desta terça-feira (15), algumas regiões do estado onde a situação em relação a esse vírus está pior.
“Pelos dados que estamos recebendo, as regiões Nordeste e Leste do Sul do estado são as regiões que voltaram, dentro do plano “Minas Consciente”, para a Onda Vermelha. São as duas regiões que nos preocupam. A gente precisa lembrar, no entanto, que todas as regiões que estavam na Onda Verde voltaram para as fases amarela e vermelha. Então, há uma tendência de crescimento no nível de contágio do coronavírus em Minas”, garante.