Por Itasat
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou nesta terça-feira (29), que não deve autorizar para uso emergencial em janeiro a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca.
Em entrevista ao jornal belga "Het Nieuwsblad", o vice-diretor-executivo da EMA, Noel Wathion, informou que considera "improvável" a autorização porque ainda "não houve o pedido de registro" no órgão europeu.
"Não enviaram nem mesmo o suficiente para justificar o pedido de uma licença condicional. Precisamos de dados adicionais sobre a qualidade da vacina e, depois disso, a empresa precisa fazer a solicitação formal", acrescentou Wathion na entrevista.
Apesar da posição da EMA, Reino Unido anunciou nesta quarta-feira (30) que aprovou o uso do imunizante na população. A previsão é de que as doses comecem a ser aplicadas na próxima segunda-feira (4) em grupos de risco, que serão prioritários.
O CEO da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse ao jornal "The Sunday Times" que, após novos testes, a empresa encontrou uma fórmula "vencedora" que garante 95% de eficácia na prevenção da Covid-19 e de 100% na prevenção de casos graves do coronavírus Sars-CoV-2.
A polêmica com a terceira fase de testes da vacina ocorreu por conta de um erro no estudo: parte dos voluntários recebeu uma dose e meia do imunizante e a outra recebeu duas doses. Aqueles que receberam a menor quantidade, tiveram um resultado de 90% na eficácia, enquanto o outro teve 62%.