Por Itasat
A ivermectina não possui "nenhuma evidência significativa" para proteger ou curar pessoas da covid-19, informou, nessa quinta-feira (4), a Merck, empresa que produz o medicamento, que tem uso defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), assim como a hidroxicloroquina. Contudo, estudos científicos apontam que não existe qualquer evidência desses medicamentos no combate ao coronavírus.
A Ivermectina é produzida para uso veterinário e humano, usada contra parasitas, como sarna, oncocercose e piolhos. A Merck afirma que seus cientistas continuam estudando o uso do remédio contra o novo coronavírus, mas ressalta que os trabalhos não indicaram, até agora, "nenhuma base científica para um efeito terapêutico potencial contra covid-19 de estudos pré-clínicos". Garante também que não há "nenhuma evidência significativa para atividade clínica ou eficácia clínica em pacientes" com a doença.
"Não acreditamos que os dados disponíveis suportem a segurança e eficácia da ivermectina além das doses e populações indicadas nas informações de prescrição aprovadas pela agência reguladora", diz o texto.
Disparada nas vendas
Minas Gerais também dispara na venda de remédios sem eficácia comprovada contra o novo coronavírus (covid-19). Dados levantados pela Itatiaia, mostram que comparando 2019, quando não havia ainda a pandemia, com 2020, a venda de hidroxicloroquina teve aumento de 97% no estado.
Sobre a comercialização de ivermectina, a disparada das vendas foi ainda maior, 78% a mais em 2020 se comparamos com 2019. Saiba mais aqui no link: https://www.itatiaia.com.br/noticia/venda-de-medicamento-com-eficacia-nao-comprovada-no-combate-a-covid-19-sobre-97-em-minas