Por Itasat
A Prefeitura de Belo Horizonte registrou mais uma morte de criança vítima do novo coronavírus. Este é o segundo caso desde o início da pandemia. O primeiro foi confirmado no boletim epidemiológico do dia 2 de fevereiro.
Em nenhum dos casos foram dadas informações exatas sobre a vítima, como o sexo e a idade, apenas o dado de que as crianças tinham entre 1 e 4 anos.
Ao todo, são 2.435 óbitos pelo novo coronavírus em BH desde o início da pandemia e 97.782 contaminados. Recuperaram-se 90.095 pessoas e estão em acompanhamento 5.252.
Preocupação com cepas
As mutações do vírus que transmite a covid-19 fazem com que a doença se manifeste de forma ligeiramente diferente nas pessoas. Um dos receios de especialistas é que as crianças sejam mais atingidas por novas variantes do vírus, chamadas de cepas, já registradas em países como o Reino Unido. Por lá, aumentou consideravelmente o número de crianças internadas com síndromes relacionadas ao coronavírus.
No Brasil, o temor vem da cepa P1 identificada primeiro em Manaus e que já aparece em outros pontos do país. O infectologista e professor da faculdade de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Unaí Tupinambás, diz que as mutações podem causar o aumento dos casos, mas que as medidas de segurança seguem sendo eficazes.
“A cepa B17 já é dominante, quase que em toda a Europa há um aumento de transmissão entre crianças e mais crianças do adoecendo. Nós temos que tomar cuidado porque essa cepa pode sim causar doença sintomática em crianças, mas eu repito, se nós mantivemos aquelas medidas farmacológicas, lavar de mãos, evitar aglomeração e o uso de máscara corretamente a gente evita também a infecção por essas cepas.”
O infectologista ressalta que ainda não se sabe quais cepas estão circulando por BH, mas que acreditasse que seja a P1, de Manaus, e a P2, que foi inicialmente encontrada em Macaé, no Rio de Janeiro.