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Incerteza

Brasil pede ajuda à China para comprar mais doses da Coronavac e manter campanha de vacinação

O temor é que a campanha nacional de imunização pare por falta de doses, o que já vem ocorrendo nas últimas semanas em diversas cidades do país

10/03/2021 10h59
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Por Itasat

O Ministério da Saúde enviou um ofício à Embaixada da China no Brasil na segunda-feira (8), solicitando ajuda para a compra de 30 milhões de doses da vacina anti-covid desenvolvida pela China National Pharmaceutical Group (Sinopharm). O temor é que a campanha nacional de imunização pare por falta de doses, o que já vem ocorrendo nas últimas semanas em diversas cidades do país.

O documento foi enviado ao embaixador, Yang Wanming, e foi assinado pelo secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, segundo informam os portais "G1" e "CNN Brasil".

"A campanha nacional de imunização, contudo, corre risco de ser interrompida por falta de doses, dada a escassez da oferta internacional. Por conta disso, o Ministério da Saúde vem buscando estabelecer contato com novos fornecedores, em especial a Sinopharm, cuja vacina é de comprovada eficácia contra a covid-19", escreveu Franco, segundo publicou o "G1".

A Sinopharm é uma das empresas chinesas que têm suas vacinas aplicadas em diversos países do mundo e foi a primeira a obter a autorização para uso geral do governo de Pequim. O imunizante foi testado amplamente e aplicado nos militares ainda na metade do ano passado, além de estar sob análise final da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Além da China, a vacina contra o coronavírus Sars-CoV-2 da Sinopharm é usada na Hungria, México, Bahrein, Seychelles e Peru, entre outros.

Os chineses, que são os que mais têm vacinas com testes finalizados ou em fase final do mundo, já fornecem a CoronaVac ao país, que é produzida pela Sinovac Biotech. No entanto, todos os acordos para compra e a transferência de tecnologia para a produção nacional através do Instituto Butantan foram fechadas com o governo de São Paulo.

Inclusive, o presidente Jair Bolsonaro fazia duras críticas ao que chamava de "vacina chinesa" e dizia que o Ministério "não ia comprar" nenhuma dose do país. Ele e seus filhos usaram por várias vezes a retórica do "vírus chinês", usada por Donald Trump, para culpar a China de "espalhar" a doença pelo mundo.