Por Itasat
O deputado federal Aécio Neves (PSDB), presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara Federal, vai se reunir nesta terça-feira (30), com a embaixada da China e também nesta semana com a embaixada dos Estados Unidos. Um dos objetivos, além de melhorar as relações internacionais, que de acordo com ele vem sendo destruídas, é comprar o excedente de vacinas dos Estados Unidos.
Em entrevista, o deputado, que pleiteia uma audiência com a Organização Mundial de Saúde (OMS), defende a possibilidade de um lockdown de 30 dias no Brasil.
"Seria um esforço enorme, com uma perda econômica muito grande, mas necessária para que houvesse uma diminuição rápida da curva de contaminação e obviamente da curva de óbitos, porque esse lockdown ocorreria com o movimento com aceleração do processo de vacinação", explica Aécio.
Eleições
O parlamentar também falou sobre as eleições de 2022 e disse que é preciso construir uma grande frente ao centro, unido nomes que vão de Ciro Gomes a Luciano Huck.
"A nossa grande responsabilidade é criar uma grande alternativa, o que eu chamo de 'centro ampliado', que venha de Ciro Gomes até à direita representada pelo DEM, talvez com o Mandetta, passando por Luciano Huck. Nós temos que fazer uma grande concertação ao centro, para que haja um nome apenas", afirma.
O tucano negou que deve apoiar Bolsonaro na próxima eleição presidencial e disse que o PSDB deve abrir mão da candidatura própria se surgir algum nome forte de outro partido, que possa ser apoiado
Política externa
Aécio Neves disse que é "preciso corrigir com urgência" erros cometidos na política externa brasileira. Segundo ele, ao longo dos últimos anos, a política externa brasileira "passou a ser mais um palanque de afirmação doutrinária e ideológica".
Para o tucano, o sentimento entre os congressistas é de que o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, deva deixar a pasta: "Muito mais importante do que a alteração do ministro é a alteração da política externa brasileira. Mas há hoje um consenso no meio político e empresarial de que o ministro perdeu as condições mínimas de ficar no cargo".