Por Itasat
O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, o médico Fábio Baccheretti, pede que a população não viaje neste feriado de Semana Santa. Em entrevista coletiva nessa quarta-feira (31), Baccheretti lembrou que Minas atravessa o pior momento da pandemia de covid-19.
“Feriados sempre foram experiências muito ruins em relação à pandemia. Em outros momentos a incidência se elevou duas semanas após os feriados. A nossa expectativa é diferente (na Semana Santa), uma vez que estamos na onda roxa, os hotéis não funcionam, há restrições de circulação nos horários noturnos e apenas o essencial fica aberto. O papel de cada um é que vai determinar o sucesso ou não deste momento”, afirmou o secretário.
Ainda segundo Baccheretti, “qualquer reunião familiar que aglomere pessoas aumenta em muito o risco de contaminação. A gente entende o momento que cada um vive, mas não há tempo de arrependimento. O vírus vem circulando de forma intensa na sociedade. Fique em casa, fique com seu núcleo familiar, não vá à casa de parentes, não receba amigos. Não é época para isso, é época de um esforço conjunto para preservar vidas”, alertou.
Onda roxa
O secretário também apresentou a evolução da doença no estado desde a implantação da onda roxa em todas as regiões mineiras, há 15 dias. Nessa quarta-feira (31), a medida mais restritiva do programa Minas Consciente foi estendida até 11 de abril em 13 das 14 macrorregiões do estado.
Baccheretti disse ser possível observar queda na incidência da covid nas regiões que mais cumpriram as recomendações da fase mais restritiva do Minas Consciente. No entanto, ainda é necessário manter o isolamento para que os números reflitam em queda de ocupação de leitos e número de mortes.
“O óbito é o indicador mais tardio. Quando vemos esse óbito se elevando, isso é reflexo de casos de pessoas que se internaram há cerca de duas semanas. Veremos um aumento de óbitos nessas regiões ou pelo menos uma constância neles, mas daqui a pouco eles irão cair”, pontuou. “Nossa ocupação de leitos está cada vez mais próxima de 100%. É um cenário nunca antes vivido pelo estado. É o pior momento da pandemia”, disse.