Por Itasat
No pior momento da pandemia de covid-19 até agora, a Santa Casa de Belo Horizonte tenta superar o risco de falta de medicamentos para intubação, a incerteza sobre a manutenção do orçamento (85% do governo federal e 15% do municipal) e o cansaço das equipes de saúde. O alerta é do diretor de Assistência à Saúde do hospital, Guilherme Riccio. Ele ressalta ainda que o agravamento da pandemia de covid-19 neste ano pegou a todos de surpresa.
“O que se observa em ralação ao nosso pessoal é um extremo cansaço. Está todo mundo muito perdido no que está acontecendo, porque a gente não esperava que a pandemia tomasse esse rumo. Esse final de março e começo de abril está sendo pior do que todos os meses de 2020”, admitiu.
O diretor diz que escassez de produtos provoca elevação de até 500%, o que dificulta a manutenção dos leitos de UTI, que tem 100% de ocupação. São 80 pacientes intubados no hospital atualmente, com consumo elevado de sedativos. Riccio classifica o momento como crítico.
A manutenção dos leitos está entre os principais desafios. “Temos grandes problemas com relação a insumos básicos, especialmente os relaxantes musculares e anestésicos. Estamos conseguindo comprar alguma coisa com até 500% de diferença (a mais) em relação ao início da pandemia”, diz.
Outro ponto de preocupação é a incerteza em relação ao financiamento. “Até agora nós não temos nenhuma informação se o financiamento que tivemos no ano passado permanece neste não Isso nos dá uma enorme incerteza com relação ao futuro”.