Por Itasat
Novas variantes do coronavírus (SARS-CoV-2) estão circulando em Ponte Nova, Viçosa, Zona da Mata de Minas, e em municípios da região do Alto Paranaíba. A informação é da Universidade Federal de Viçosa (UFV), credenciada pela Fundação Ezequiel Dias/Funed para a realização de testes de detecção do novo coronavírus.
No caso dos municípios de Ponte e Viçosa, na Zona da Mata mineira, a equipe dos laboratórios do campus Viçosa selecionou 17 amostras para o sequenciamento, com base na carga viral mais elevada e em dados clínicos. Dessas, oito eram de Ponte Nova e nove de Viçosa, a maioria coletada na semana de 5 a 9 de abril. O resultado revelou a presença da variante B.1.1.7 em uma amostra, da B.1 também em uma amostra e da P1 em todas as outras (A P1 já está disseminada em todo o estado de Minas, sendo a mais comum atualmente).
A descoberta dos pesquisadores foi informada oficialmente à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), na última terça-feira (20), e pode explicar o aumento do número de casos de covid-19 na região. Isso porque a rapidez de transmissão da P1 já é reconhecida pela ciência. Embora seja responsável pela velocidade da disseminação da doença, ainda não se sabe, contudo, se essa variante também provoca sintomas mais severos ou afeta pessoas de outras faixas etárias. Estudos dessa natureza estão em andamento.
Casos
Boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Ponte Nova na noite de quinta-feira (22), aponta que até o momento 138 pessoas morreram na cidade vítimas da covid-1919, 5.173 testaram positivo, 468 aguardam resultado dos exames e 4.822 pessoas foram curadas. A taxa de ocupação de leitos de UTI para COVID diminuiu na cidade e não há mais fila de espera.
A cidade, por enquanto, continua na onda roxa. A expectativa é de que o prefeito Wagner Mol Guimarães (PSB) acompanhe o protocolo do governo do estado que orientou que as macrorregiões Leste do Sul e Centro-Sul avancem para a onda vermelha. Novo decreto deverá ser publicado nesta sexta-feira (23) de abril.