Por Itasat
O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), disse que se pautará pela isenção e imparcialidade em seu discurso de posse nesta terça-feira. “Independente de minhas valorações pessoais, a investigação será técnica, profunda, focada no objeto que justificou a CPI e despolitizada”, disse.
“É impossível esquecer todos os dias fúnebres em mais de um ano de pandemia, mas é impossível apagar abril, o mês mais mortal, e o dia 6 de abril, com uma morte a cada 20 segundos. Esses números superlativos merecem uma reflexão, merecem um minuto de silencio.”
A CPI deve investigar omissões do governo federal e mau uso do dinheiro federal repassado a governadores e prefeitos para o combate da pandemia de covid-19. O relator é o responsável por elaborar o relatório final do colegiado e tem grande influência sobre os trabalhos de uma CPI. Há acordo para o senador alagoano ocupar o posto, mas só haverá confirmação quando o colegiado for instalado.
Senadores com mais proximidade do Planalto tentaram impedir a instalação da CPI nesta terça-feira. O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), citou que o regimento interno do Senado proíbe que um mesmo senador participe de mais de uma CPI como titular.
Já o senador Jorginho Mello (PL-SC), que também é considerado governista, alegou que Renan Calheiros tinha conflito de interesse para assumir o cargo já que é pai de um governador, que deve ser investigado ao longo dos trabalhos da comissão.
Foram indeferidos todos os pedidos para que a reunião fosse interrompida ou que os senadores que têm filhos como governadores, caso de Renan e de Jader Barbalho (MDB-PA), fossem declarados suspeitos.