Coperlidere
RR MÍDIA 3
Omar Aziz

Presidente da CPI da covid-19 diz que foco das investigações será a escassez de vacinas

‘Queremos saber por que a gente não comprou 70 milhões de vacinas’, diz Omar Aziz

30/04/2021 10h55
Por:

Por Itasat

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Azis (PSD-AM), disse que será “imprescindível” a convocação para depor do ex-secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten. “Queremos saber por que a gente não comprou as 70 milhões de vacinas”, disse Aziz, em entrevista coletiva ao final da sessão nesta quinta-feira (29). Além de Wajngarten, os senadores também devem convocar representantes da farmacêutica Pfizer.

A Pfizer afirmou que, desde agosto do ano passado, fez três propostas ao governo brasileiro para a venda de 70 milhões de doses do imunizante. Estas seriam entregues a partir de dezembro, mas as negociações não evoluíram. Em entrevista recente à revista Veja, Wajngarten atribuiu a falta de vacinas à incompetência da equipe do então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, para negociar com o laboratório norte-americano.

Aziz também afirmou que as convocações dos ministros da Saúde do governo Bolsonaro, que serão ouvidos na próxima semana, bem como os requerimentos de informação aprovados pela CPI, buscam identificar as providências que foram tomadas pelo governo federal desde o início da pandemia.

Além de medidas essenciais que deveriam ter sido adotadas, mas não foram. “Do ponto de vista dos aeroportos, sei que não houve nenhuma barreira sanitária. Hoje o Brasil sofre barreiras sanitárias em vários países do mundo. Mas nós não fizemos o nosso dever de casa. Esse é um dos nortes da nossa investigação”, acrescentou o senador.

Interferências

Os requerimentos protocolados por parlamentares governistas que foram escritos no Palácio do Planalto ficaram de fora das apreciações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 desta quinta-feira. O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que o colegiado não permitirá influências externas.