Por Itasat
Gambás foram vistos dentro um prédio nessa segunda-feira (11), no bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte. Acionada pela moradora do edifício, a Polícia Ambiental resgatou um dos animais. O registro se dá após ampla divulgação de aranhas — da espécie Phoneutria, mais conhecida como “Armadeira” — dentro de casas no bairro.
Professora do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pesquisadora da Santa Casa de Belo Horizonte, Maria Helena de Lima diz que a “tranquilidade aparente” provocada pela diminuição da circulação de pessoas e da operação de fábricas por causa das restrições impostas devido a pandemia de covid-19 pode ter dado “mais liberdade aos bichos”.
“Eles se sentiram mais à vontade e vieram para mais perto de nós. É uma das hipóteses”, destaca. Ela pondera, no entanto, que o território invadido foi o dos animais e não o nosso (dos humanos).
“O que os bichos fazem nas metrópoles é muito fácil. É porque nós invadimos o ambiente deles. Eles são caçadores e, quando deslocados, saem vagando por aí procurando, procurando um ambiente. Se você desmatar um terreno, vão ser perdidos alimentos”, ressalta.
Fui picado ou mordido. E agora?
Procure atendimento médico, orienta Maria Helena. No caso da espécie das aranhas avistada no Buritis, por exemplo, a picada é caracterizada por dor intensa. A Armadeira é agressiva e venenosa. Em Belo Horizonte, o centro de saúde referência para acidentes com animais peçonhentos é o João XXIII.
Saber a espécie do animal também é importante para ajudar os médicos no tratamento correto. Por isso, se possível, tire uma foto do animal. A captura do animal só deve ser feita caso haja condições seguras.