Por Itasat
A farmacêutica norte-americana Pfizer pediu à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorização para incluir a imunização de adolescentes a partir de 12 anos na bula da vacina contra a covid-19 produzida pela fabricante. De acordo com a Anvisa, o pedido foi feito no dia 13 de maio, e a agência tem 30 dias para respondê-lo, depois de analisar estudos apresentados pelo laboratório.
O imunizante da Pfizer/BioNTech já foi liberado para aplicação em adolescentes entre 12 e 15 anos em outros países, como o Canadá, em 5 de maio, Estados Unidos, em 10 de maio, e países da União Europeia, onde a aprovação para essa faixa-etária ocorreu na última sexta-feira, 28 de maio. Produzida com mRNA (RNA mensageiro), a vacina hoje pode ser aplicada no Brasil em pessoas a partir de 16 anos, em duas doses, com intervalo de 21 dias entre elas, de acordo com as recomendações inicias da fabricante.
No País, o primeiro lote com 1 milhão de doses do imunizante chegou em 29 de abril. Diferentemente da Coronavac e da AstraZeneca, a vacina da Pfizer ficava restrita às capitais devido às exigências de armazenamento. Desde 28 de maio, no entanto, a Anvisa liberou o armazenamento da vacina por até 31 dias em refrigeradores comuns (2ºC a 8ºC) — além da conservação recomendada de até seis meses em ultracongeladores (-70ºC a -80C). Na prática, a nova decisão facilita a chegada das doses em cidades do interior.
O governo federal firmou, em 14 de maio, o segundo contrato de 100 milhões de doses com a Pfizer, totalizando cerca de 200 milhões vacinas que devem ser fornecidas ao Brasil até dezembro. O primeiro contrato foi fechado em março, quando o Ministério da Saúde antecipava a entrega das primeiras 100 milhões de doses até o fim do ano.