Por Itasat
O secretário estadual de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, voltou a falar sobre a distribuição menor de doses de vacinas contra covid-19, após Belo Horizonte queixar-se de, novamente, ter recebido menos doses do que o que previa.
"Surpreendeu-me muito o que Prefeitura de Belo Horizonte vem demonstrando. Porque a politização do tema está vindo deles, e não da gente. O secretário de saúde, qualquer membro de gestão, não interfere na distribuição de doses. Ela é técnica", alegou.
Segundo Baccheretti, Belo Horizonte já vacinou com a primeira dose todo o grupo de comorbidade e, por isso, não participa do rateio de doses destinadas a esse público.
"Cada remessa de vacina vem carimbada. Vou exemplificar. A última remessa veio 6% comorbidade, 20% para trabalhadores da educação e 8% para forças de segurança. Belo Horizonte não recebeu a parcela dela do grupo de comorbidade porque eles já receberam mais do que 100% do que precisavam", justificou.
O secretário cita que a capital mineira recebeu, integralmente, as duas primeiras remessas da vacina Cominarty, da farmacêutica norte-americana Pfizer. A distribuição apenas para a capital se deu devido à recomendação do Ministério da Saúde que o imunizante fosse destinado só para capitais pelas condições de armazenamento.
"Essa compensação é natural, mas não se retira vacina de Belo Horizonte. Apenas ele não participa do rateio de parte do que chegou, que aquela vinculada à comorbidade. E é questão de tempo. Quando não vier mais vacina para comorbidade, a remessa integral volta a ser dividida com BH", completou Baccheretti.