Mais dois casos: infectologista alerta para boatos sobre doença desconhecida em Minas

O Instituto Médico Legal de Belo Horizonte já está analisando os resultados da necropsia de Paschoal Demartini Filho, de 55 anos. Os trabalhos foram realizados por médicos-legistas, peritos criminais, investigadores e técnicos da Polícia Civil de Minas Gerais. A análise dos fragmentos coletados será auxiliada por um médico-legista da USP. O laudo fica pronto em até 30 dias.

Paschoal foi vítima de uma intoxicação misteriosa que já deixou pelo menos outras nove pessoas internadas (mais dois casos foram confirmados nessa quarta-feira (8), entre elas o genro de Paschoal, Luiz Felippe Teles Ribeiro, de 37, que está internado no hospital da Unimed. 

Em nota a secretaria de Estado de Saúde confirma que os casos são investigados. 

São pacientes do sexo masculino, com idade entre 23 e 76 anos, cinco residem em Belo Horizonte, e um em Nova Lima, na Grande BH; seis deles estão internados em hospitais da Região Metropolitana de Belo Horizonte e um em Juiz de Fora, na Zona da Mata. A média de dias entre o início dos primeiros sintomas e a internação foi de 2,5 dias. Todos com insuficiência renal aguda de rápida evolução (até 72 horas) e alterações neurológicas centrais e periféricas. 

Desde que foi notificada, a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte acompanha e monitora os casos e investiga os aspectos clínicos, epidemiológicos e sanitários que envolvem a ocorrência. Essa investigação abrange, inclusive, ação dos fiscais sanitários na coleta de alimentos e demais produtos, para análise laboratorial, além de vistorias nos locais de aquisição desses produtos.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que trabalha no levantamento de informações para verificar se o fato tem indícios de crime. bebidas foram encaminhadas ao Instituto de Criminalística e estão sendo examinadas. Esclarece, ainda, que somente será instaurado inquérito policial se houver indicativos de ação criminosa.