Polícia de Goiás investiga possível rede criminosa que teria ajudado Lázaro Barbosa durante fuga

Por Itasat

A morte do assassino Lázaro Barbosa não põe fim ao trabalho da polícia, agora a força-tarefa investiga a existência de uma rede criminosa que pode ter ajudado Lázaro a se esconder pelos 20 dias em que ficou foragido. 

O Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, revelou que a Polícia Civil pode pedir a prisão de outras pessoas que estariam envolvidas na fuga e nos crimes praticados por Lázaro Barbosa, de 32 anos, que foi morto a tiros durante confronto com agentes de segurança. O criminoso foi localizado após 20 dias de buscas em uma área rural entre as cidades de Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás. 

O cerco foi montado após a força-tarefa receber a informação de que o foragido estava na casa de uma ex-mulher e ex-sogra em Águas Lindas de Goiás, cidade que fica no entorno do Distrito Federal. Na casa, segundo a polícia, o foragido se alimentou e trocou de roupas. Ao tomar conhecimento da chegada dos policiais, ele fugiu pela mata. Lázaro Barbosa chegou a ser socorrido e levado a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. 

Com Lázaro os policiais encontraram uma arma e aproximadamente R$ 4.500 em dinheiro. A Polícia Civil suspeita que o criminoso planejava fugir para outro Estado ou até mesmo deixar o país. 

A ex-esposa e a ex-sogra foram conduzidos a delegacia para prestar depoimento. Nessa segunda-feira (28), a ex-mulher de Lázaro passou mal e o depoimento deverá ser retomado nesta terça-feira. Os policiais querem saber se as duas mulheres ajudaram o criminoso a fugir do cerco policial. Caso seja comprovada a atuação delas para proteger o criminoso, elas poderão ser presas. Os policiais também investigam a origem do dinheiro encontrado com Lázaro. 

Na semana passada a Polícia Civil prendeu o fazendeiro Elmir Caetano Evangelista, de 74 anos, e o caseiro dele, Alain Reis dos Santos, de 33 anos, por supostamente auxiliarem Lázaro a fugir do cerco policial. O caseiro foi solto em uma audiência de custódia por falta de provas, já o fazendeiro teve a prisão convertida em preventiva e foi conduzido ao sistema prisional.

Lázaro Barbosa era apontado pela polícia como autor do assassinato de quatro pessoas de uma mesma família que ocorreu no dia 9 de junho em Ceilândia, no Distrito Federal. Nos 20 dias de fuga, Lázaro Barbosa teria invadido 12 propriedades rurais em Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás. Ele era suspeito de atirar em quatro pessoas, incluindo um policial militar que atuou para libertar uma família que era mantida refém próxima a um rio em Cocalzinho.

A Polícia Civil apura a motivação dos crimes e se Lázaro contou com a ajuda de algum comparsa. Não está descartada a possibilidade de o criminoso ter sido contratado para atuar como matador de aluguel.