Operação Arca de Noé: 200 máquinas caça-níqueis são apreendidas na área central de BH
Primeira fase da operação foi desencadeada nesta terça-feira e contou com a atuação de 100 policiais, entre militares e civis
Por Itasat
As Polícias Militar e Civil deflagraram nesta terça-feira (6), a primeira fase da Operação Arca de Noé em Belo Horizonte contra a máfia dos caça-níqueis. Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão na região central da capital mineira, onde foram apreendidas 220 máquinas e encaminhadas 20 pessoas à Delegacia de Polícia Civil.
Durante a operação, foi descoberto um escritório do crime, como conta o chefe do 1º Departamento da Polícia Civil, o delegado Arlen Bahia. “Agora, nós vamos dar sequência investigatória, instaurando procedimento para apurar a questão da autoria dessas máquinas, sobretudo na questão do crime de lavagem de dinheiro e organização criminosa. A gente descobriu um escritório que geria a questão do jogo de azar”, explica.
O delegado detalha o local onde atuava essa organização: “Esse escritório era composto por uma sala, onde foram encontrados vários papéis relacionados à gestão do jogo de azar. Nosso objetivo é prender quem faz parte da organização. Tanto a Polícia Civil, como a Polícia Militar estão atentas e vão ter outras fases da operação”.
O comandante do policiamento da capital, o coronel Webster Wadim Passos Ferreira de Souza, destaca que por trás desse esquema de caça-níqueis existem outros crimes envolvidos, como tráfico de drogas e homicídios.
“A operação denominada Arca de Noé visava o combate ao crime organizado na modalidade de jogos de azar. Foram muitas máquinas apreendidas. Uma operação que contou com cem policiais, entre militares e civis, além de 35 viaturas e ainda um helicóptero Pegasus da polícia. Foi um duro golpe na criminalidade e nessa organização criminosa, que acaba dificultando o trabalho policial porque financia outros tipos de delitos, como tráfico de drogas”, explica.
O militar completa: “Entre eles da organização, existem alguns homicídios, tentativas de homicídios e ameaças. São pessoas que se viciam e gastam seu dinheiro, sendo que muitas precisavam do dinheiro para pagar as contas, principalmente nesse momento difícil de pandemia. As Polícias Militar e Civil levaram quatro semanas para fazer esse levantamento e o poder Judiciário permitiu a nós fazermos essa operação”.
Os detidos foram encaminhados para à Delegacia de Polícia Civil, onde prestaram esclarecimentos sobre o crime.
