Por Itasat
O governo federal deve editar uma portaria interministerial para regulamentar a volta às aulas presenciais em todo o país. É o que revelou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. "Queremos que as escolas também voltem. Não é possível que fique 1 ano e meio sem aulas para nossos jovens", frisou.
Recentemente, o ministro da Educação, Milton Ribeiro, defendeu o retorno às aulas presenciais e disse que o Brasil é um dos últimos países a reabrir as escolas. Milton mencionou que o retorno presencial ocorreu mesmo em países com menor índice de imunização contra a covid-19 do que a população brasileira.
Na Câmara dos Deputados, Eduardo Barbosa (PSDB-MG), suplente da Comissão de Educação, avalia que a portaria interministerial que regulamenta a volta às aulas nas escolas públicas do país chega em boa hora. "Sabemos que quando incluído, no esquema de vacinação, os professores, foi justamente para facilitar o planejamento da volta às aulas, fundamental para os alunos."
"Sabemos que isso tem um impacto significativo na vida do estudante, principalmente nos de família mais pobres. Com a regulamentação, os gestores municipais e estaduais terão condição de organizar os ambientes conforme as regras sanitárias, evitando questionamentos e protegendo a todos", afirmou.
O senador Antonio Anastasia (PSD-MG), que integra a Comissão de Educação no Senado Federal, defende articulação conjunta para que a volta às aulas ocorra com segurança em todo o país. "Lamentamos sempre, em primeiro lugar, a perda de vidas humanas. Mas sabemos que o prejuízo à educação é imenso", afirmou.
"É claro que há grande efeito negativo na educação. Por isso é importante o retorno das aulas, desde que haja absoluta segurança sanitária. Os governos federal, estaduais e municipais precisam de uma atividade coordenada para permitir que o retorno se dê com segurança", diz.
O Ministério da Educação (MEC) preparou em 2020 o guia de retorno às aulas presenciais que deve ser utilizado como referência. O documento prevê, por exemplo, uso obrigatório de máscaras e que cumprimentos com abraços, apertos de mãos e beijos sejam evitados.
Também são orientados desinfecção de ambientes, distanciamento entre alunos nas salas de aulas e ventilação dos ambientes com portas e janelas abertas. O guia propõe, ainda, suspensão de bebedouros coletivos e de armários compartilhados.