Investigadores japoneses solicitaram a cooperação da Interpol para prender a mulher do ex-presidente do Conselho Administrativo da Nissan Motor, Carlos Ghosn, acusado de delitos financeiros no Japão, informa a NHK. No fim de dezembro, Ghosn deixou a liberdade sob fiança e fugiu ilegalmente do Japão, indo para o Líbano.
Na terça-feira (7), a Promotoria japonesa obteve uma ordem de prisão para a mulher de Ghosn, Carole, suspeita de falso testemunho. Acredita-se que ela tenha destruído provas relacionadas ao caso do marido.
Segundo fontes não identificadas, a Promotoria em Tóquio pediu à Interpol que emita uma ordem de prisão internacional para a esposa de Ghosn. Atualmente, ela também se encontra no Líbano, e o objetivo dos promotores é restringir suas atividades.
Na quarta-feira (8), a Promotoria também teria emitido uma liminar para a apreensão de um computador utilizado pelo ex-presidente do Conselho Administrativo da Nissan, que os advogados de Ghosn haviam se recusado a fornecer aos promotores.
As atenções estão voltadas para a reação dos tribunais. Advogados de defesa têm permissão legal de recusar esse pedido, para proteger a privacidade de seus clientes.