Por Itasat
Muito antes da pandemia, a espera por um leito de UTI já tivara o sono de muita gente em Minas. O que a covid-19 mudou nesse cenário foi aumentar a demanda, mas, em contrapartida, houve a criação de vagas em pouco tempo.
Na semana passada, a Itatiaia mostrou o desafio de Belo Horizonte para manter alguns desses leitos abertos no pós-pandemia. Agora, apresenta a situação no Estado. A fila de espera por uma UTI é dinâmica, mas, para se ter uma ideia, no dia 27 de julho 235 pessoas aguardavam uma vaga em Minas.
A Secretaria Estadual de Saúde estima um déficit de ao menos 800 leitos de UTI em Minas, levando em conta o número de habitantes. O número é alto, mas é possível chegar a ele, tanto é que conseguimos ultrapassar e muito essa marca durante a pandemia.
Em fevereiro do ano passado, antes da chegada do novo coronavírus, o Estado contava com 2.070 vagas. Em julho deste ano, o número saltou para de 4.780, uma ampliação de mais de 130%. O legado precisa ser mantido, mas, assim como em BH, o desafio é o financiamento.
O secretário estadual de Saúde, Fábio Baccheretti, afirma que a expectativa é de que parte desses leitos permaneça, mas a manutenção depende de recursos. "Há uma conversa de todos os Estados com o governo federal para que a gente consiga manter parte desses leitos, para que a gente consiga prestar uma assistência ainda mais complexa no Estado", diz.
"Não existe um gargalo diário que afeta a assistência dos pacientes, mas há a necessidade, sim, de uma ampliação. O Governo de Minas vem tentando, com recursos próprios, manter parte desses leitos no pós-pandemia, mas é muito importante que haja habilitação do governo federal para que isso permaneça nos próximos anos", completa o secretário.