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Em Sete Lagoas

Cruzeiro pode voltar à Arena do Jacaré como mandante após 8 anos; relembre jogos marcantes

Estádio em Sete Lagoas traz boas lembranças à torcida celeste

25/08/2021 08h49
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Por Itasat

Após o veto da Prefeitura de Belo Horizonte à volta do público aos estádios na capital mineira, o Cruzeiro avançou nas conversas para transferir as partidas da equipe para a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, na região Central do estado. Caso se concretize, a Raposa voltará a mandar um jogo no estádio após oito anos.

Os dois jogos que podem ser disputados em Sete Lagoas são contra Ponte Preta, no dia 7 de setembro, e Operário-PR, em data ainda a ser confirmada pela CBF, pelas 23ª e 24ª rodadas da Série B.

A intenção da Raposa é ter os torcedores ao seu lado na Série B, assim como foi contra o Confiança, na última sexta-feira (20), no Mineirão. Mas, para ter mais do que 600 pessoas no estádio, o clube celeste ainda depende da entrada da cidade de Sete Lagoas na Onda Verde do programa Minas Consciente do governo estadual - atualmente, está na Onda Amarela -, além de uma extensão da liminar obtida no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para jogar em outras praças, ser ser apenas em BH. Uma reforma no gramado também é necessária - este item está sendo providenciado pelo clube.

A última vez que o Cruzeiro atuou como mandante na Arena do Jacaré foi no dia 8 de junho de 2013, quando empatou por 2 a 2 com o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro. No total, são 57 jogos da equipe celeste no estádio, com 37 vitórias, 10 empates e 10 derrotas (70,7% de aproveitamento).

Neste ano, o Cruzeiro já esteve no estádio, mas como visitante, quando a URT não pôde mandar o jogo válido pela fase de classificação do Campeonato Mineiro em Patos de Minas por conta das restrições impostas pela covid-19 e teve que transferir a partida para Sete Lagoas. E a Raposa venceu por 2 a 0.

A Arena do Jacaré traz boas lembranças ao torcedor do Cruzeiro. A maior delas, claro, é a goleada por 6 a 1 sobre o Atlético, na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2011, que salvou o clube do rebaixamento.

Mas houve outros jogos marcantes no estádio no período em que a Raposa atuou no local, principalmente entre 2010 e 2012, quando o Mineirão e o Independência estavam fechados para reformas visando à Copa das Confederações de 2013 e o Mundial de 2014, no Brasil.

Relembre os jogos marcantes do Cruzeiro na Arena do Jacaré:

Cruzeiro 5 x 0 Estudiantes (Copa Libertadores) - 16/02/2011

Na revanche da final da Libertadores de 2009, perdida pela Raposa em pleno Mineirão, o time celeste ‘se vingou’ de forma espetacular ao aplicar uma goleada nos argentinos logo na primeira rodada da fase de grupos do torneio. Na partida, o Estudiantes estava em campo com Verón e Gastón Fernández, alguns dos algozes da decisão de 2009. Os gols do Cruzeiro foram marcados por Montillo (2x), Wallyson (2x) e Roger.

Cruzeiro 7 x 0 Democrata-GV (Campeonato Mineiro) - 13/03/2011

Maior goleada celeste no estádio. Em duelo válido pela sexta rodada do Campeonato Mineiro de 2011, o Cruzeiro atropelou o Democrata de Governador Valadares. Do atual elenco celeste, Fábio e Rômulo estavam naquela partida. O goleiro foi titular, enquanto o volante ficou apenas no banco e não entrou.

O atacante Thiago Ribeiro foi o destaque da partida ao marcar três gols. O avançado André Dias fez um, enquanto o argentino Ernesto Farías, que muitos cruzeirenses preferem esquecer, anotou o outro. O meia Ely Thadeu fez contra e decretou a maior goleada estrelada na Arena do Jacaré.

Cruzeiro 0 x 2 Once Caldas (Copa Libertadores) - 04/05/2011

Eliminação do time nas oitavas de final. Após fazer a melhor campanha na fase de grupos (cinco vitórias e um empate), a Raposa havia vencido por 2 a 1 o jogo de ida, na Colômbia. Com futebol vistoso, ganhou o apelido de ‘Barcelona das Américas’, dado pelo técnico uruguaio Diego Aguirre, na época no comando do Peñarol.

No entanto, mesmo com a Arena do Jacaré lotada, a equipe celeste foi surpreendida em casa, perdeu por 2 a 0 para o time de pior desempenho na fase de grupos e caiu na competição continental de forma precoce.

Cruzeiro 2 x 0 Atlético - 15/05/2011 (campeão mineiro)

Onze dias após a decepção pela eliminação precoce na Libertadores, o Cruzeiro deu a volta por cima e foi campeão mineiro vencendo o arquirrival Atlético na única final de Estadual entre eles jogada no interior do estado.

Após perder por 2 a 1 no jogo de ida, a Raposa venceu por 2 a 0 (gols de Wallyson e Gilberto na etapa final) e levantou a taça.

Cruzeiro 6 x 1 Atlético (Campeonato Brasileiro) - 04/12/2011

Jogo mais emblemático e que ficou na memória do torcedor cruzeirense. Era a última rodada do Campeonato Brasileiro. Pressionado a vencer para não ser rebaixado para a Série B pela primeira vez na história, o Cruzeiro ainda entrou em campo bastante desfalcado.

O técnico Vagner Mancini não podia contar com o atacante Wallyson (em recuperação de uma cirurgia no tornozelo), nem com o volante Marquinhos Paraná (suspenso), além dos dois dos principais jogadores: o goleiro Fábio e o meia Montillo, também cumprindo suspensão.

Mesmo assim, a Raposa se superou em campo. O primeiro tempo terminou em 4 a 0 (gols de Roger, Leandro Guerreiro, Anselmo Ramon e Fabrício). Na etapa final, Wellington Paulista ampliou, Réver diminuiu para o Atlético, mas, nos minutos finais do clássico, Everson fechou a inesquecível goleada por 6 a 1 que salvou o clube do inédito rebaixamento.

Cruzeiro 2 x 2 Internacional (Campeonato Brasileiro) - 08/06/2013

Último jogo como mandante do Cruzeiro na Arena do Jacaré. No duelo válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro de 2013, a equipe celeste empatou com o Inter em grande atuação de Fábio que fez ótimas defesas que salvaram o time de sair com a derrota.

O time celeste perdeu Dagoberto, machucado, logo aos sete minutos de jogo. Otávio abriu o placar para o Inter aos 23 do primeiro tempo. Élber, que entrou na vaga de Dagol, empatou para o Cruzeiro ainda na etapa inicial. Everton Ribeiro virou para a Raposa no segundo tempo, mas o lateral Gabriel deixou tudo igual novamente. Minutos depois Ricardo Goulart foi expulso e prejudicou a reação celeste na partida.